No exterior, as bolsas americanas fecharam sem uma direção única nesta quinta-feira, com os investidores ainda digerindo a reunião do FOMC ontem quando o Fed anunciou oficialmente o tapering, início da redução na compra de ativos.
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No Brasil, a quinta-feira foi de cautela. Após uma votação apertada da PEC dos precatórios em 1º turno no plenário da Câmara, o entendimento foi que o cenário fiscal segue bastante nebuloso e incerto, o que fez com que os investidores adotassem uma postura mais defensiva no pregão de hoje.
Além disso, as notícias pelo lado da atividade também não foram animadoras, haja vista a divulgação da produção industrial de setembro que mostrou a quarta queda consecutiva na variação mensal.
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Daqui para frente, os gargalos do lado da oferta, aumento dos preços da energia juntamente com um cenário macroeconômico mais desafiador de taxas de juros mais altas e aumento da inflação desenham um panorama mais árduo para a indústria em 2022. No âmbito corporativo, apesar dos bons resultados referentes ao 3T21 reportados recentemente, as teleconferências de resultados mostraram que a alta administração das empresas está apreensiva com os desafios daqui em diante.
O presidente do Itaú, por exemplo, destacou a expectativa de piora na qualidade dos ativos e aumento da inadimplência no ano que vem. Assim, ao longo da tarde, o sentimento de busca por proteção
predominou nos mercados com o dólar vs. real encerrando em alta de 0,29%, cotado a R$ 5,61, enquanto o Ibovespa fechou com queda de 2,09%, aos 103.412 pontos.
Dentre os setores, as empresas estatais como Petrobras e Eletrobras foram penalizadas, além do setor financeiro. A piora no cenário macro e os riscos fiscais também pesaram no mercado de juros com ganho de inclinação para a curva (os juros fecharam a sessão em alta nos trechos intermediários e longos com os curtos perto dos ajustes de ontem). Nesta sexta-feira, destaque para a divulgação do
relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA (Payroll).
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