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Fechamento de mercado: a terça-feira foi marcada por recuperação nos principais índices acionários ao redor do mundo

Fechamento de mercado: a terça-feira foi marcada por recuperação nos principais índices acionários ao redor do mundo
(Foto: Pixabay)
  • As bolsas europeias encerraram em alta, sustentadas pela expectativa de uma retomada gradual da economia de diversos países europeus, em meio à flexibilização das medidas de restrição
  • Nas bolsas norte-americanas, também prevaleceu o viés positivo, com os investidores de olho na reabertura gradual de alguns estados norte-americanos. Esses sinais de reabertura das economias se sobrepuseram às tensões entre Estados Unidos e China, que ficaram em segundo plano
  • No Brasil, a pandemia do Coronavirus foi o destaque ao longo do dia, já que seus impactos foram sentidos tanto em termos econômicos como em termos corporativos. No lado econômico, os investidores começaram o dia digerindo o resultado da produção industrial em março. No lado corporativo, o Itaú divulgou seu resultado do 1T20 com queda no lucro líquido recorrente, sugerindo que os bancos brasileiros já sentem os efeitos da pandemia. Apesar destes números, o cenário externo mais favorável deu o tom para os negócios e o Ibovespa encerrou com alta
  • Na agenda desta quarta-feira, destaque no Brasil para a decisão do Copom. A expectativa majoritária do mercado é por um corte de 0,5 p.p. Caso este corte seja confirmado, a Selic iria para 3,25%. Na safra de balanços corporativos, destaque hoje, após o fechamento de mercado, para os números da Tim, Iguatemi, dentre outros

As bolsas europeias encerraram em alta, sustentadas pela expectativa de uma retomada gradual da economia de diversos países europeus, em meio à flexibilização das medidas de restrição.

Nas bolsas norte-americanas, também prevaleceu o viés positivo, com os investidores de olho na reabertura gradual de alguns estados norte-americanos. Esses sinais de reabertura das economias se sobrepuseram às tensões entre Estados Unidos e China, que ficaram em segundo plano.

Também dá ânimo aos investidores, o mercado de petróleo com a valorização da commodity, já precificando uma melhora gradual da demanda, com o abrandamento do isolamento social em alguns países.

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No Brasil, a pandemia do coronavírus foi o destaque ao longo do dia, já que seus impactos foram sentidos tanto em termos econômicos como em termos corporativos. No lado econômico, os investidores começaram o dia digerindo o resultado da produção industrial em março.

O resultado mostrou uma queda forte de 9,1% na variação mensal, queda mais acentuada do que previam os analistas.

No lado corporativo, o Itaú divulgou seu resultado do 1T20 com queda no lucro líquido recorrente, sugerindo que os bancos brasileiros já sentem os efeitos da pandemia. Apesar destes números, o cenário externo mais favorável deu o tom para os negócios e o Ibovespa encerrou com alta de 0,75%, aos 79.471 pontos.

A despeito do ambiente internacional mais positivo, o dólar teve um pregão de alta e encerrou cotado aos R$ 5,59/US$ (+1,30%).

Na agenda desta quarta-feira, destaque no Brasil para a decisão do Copom. A expectativa majoritária do mercado é por um corte de 0,5 p.p. Caso este corte seja confirmado, a Selic iria para 3,25%.

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Na safra de balanços corporativos, destaque hoje, após o fechamento de mercado, para os números da Tim, Iguatemi, dentre outros.

Empresas em destaque:

Itaú (ITUB4):

Resultado do 1T20: O Itaú divulgou os resultados do 1T20, com um lucro líquido caindo 43% na variação anual para R$ 3,9 bilhões (32% abaixo da nossa estimativa e 34% abaixo do consenso). O ROE caiu para 13% (de 24% no 4T19). A crise sem precedentes exigiu ação sem precedentes: as despesas de provisionamento saltaram para R$ 10,4 bilhões, de R$ 6,1 bilhões no 4T19 (acima da nossa estimativa de R$ 8,2 bilhões). Provisões mais altas, enquanto os índices de inadimplência ainda estão sob controle, reforçam nossa visão de que os impactos do novo cenário devem ser antecipados.
Os resultados devem voltar aos níveis pré-crise até 2022.

Nossa visão: Estamos incorporando os novos números ao nosso modelo e reduzindo nossas estimativas de lucro líquido em 19% para 2020 e 10% para 2021, com nosso preço-alvo sendo reduzido em 11% (de R$ 35,00 para R$ 31,00). Apesar da falta de impulso nos lucros, negociando com um múltiplo Preço/valor patrimonial de 1,4x em 2021 e com um potencial de valorização de 42%, reiteramos nossa recomendação de Compra.

Klabin (KLBN11):

Destaques da Teleconferência da Klabin no 1T20:

Celulose: espaço limitado para aumentos substanciais de preços, por enquanto. Depois de implementar a maior parte do aumento de US$ 20/tonelada anunciado em fevereiro na China, a Klabin procura implementar os US$ 10/tonelada restantes ao longo de maio, com o objetivo de atingir US$ 480/tonelada. Nenhum anuncio foi feito para a Europa e América do Norte.

Papel/Embalagem: Demanda doméstica permanece resiliente. O Estoque foi determinante no início da crise do COVID-19, mas a demanda por papel e embalagem permanece sólida, com grande parte da população em casa, compensando a menor demanda por bens duráveis. A alta exposição da Klabin aos setores de necessidades básicas (higiene e alimentação) fornece apoio. O comércio eletrônico ainda é pequeno para a Klabin, mas o crescimento recente da demanda de caixas de papelão ondulado para esse segmento tem sido relevante (+ 70% no primeiro trimestre, + 100% em março). No geral, após um forte período de crescimento no primeiro trimestre, com a demanda de caixas de papelão ondulado de março aumentando + 11% no comparativo anual, a Klabin registrou um crescimento estável na comparação anual para abril/maio, o que ainda sugere resiliência decente.

PUMA II: pouco ou nenhum atraso esperado. A Klabin acha que ainda é cedo para atualizar suas orientações e cronograma de investimentos para o projeto, mas afirmou que, por enquanto, quaisquer possíveis atrasos devem ser pequenos.

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Nossa visão: Mensagens positivas em relação ao mercado de papel/embalagens, impulsionadas por um maior consumo “em casa” (que implica maior consumo de embalagens versus “fora de casa”), compensando a menor demanda por bens duráveis. Observamos, no entanto, que o ritmo de crescimento deverá diminuir após um primeiro trimestre muito forte, quando os consumidores construíram estoques.

Na celulose, a Klabin conseguiu implementar um aumento de preço de US$ 20/tonelada desde seu anúncio inicial em fevereiro e agora está cobrando US$ 470/tonelada por celulose de fibra curta na China. Por fim, a Klabin não prevê mudanças relevantes no cronograma ou no capex do projeto Puma II devido à crise do COVID-19. Mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 21,00.

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