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- Hoje, os títulos públicos atrelados à inflação e conhecidos como “Tesouro IPCA+” estão pagando 6% de juro real ao ano - um patamar difícil de ser encontrado na renda fixa e até mesmo na renda variável
- Entretanto, isso não amedronta Alexandre Silverio, CEO da Tenax Capital, André Gordon, sócio-fundador da GTI, e Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos
- Os especialistas participaram do TAG Summit, evento promovido pela TAG Investimentos nesta terça-feira (15)
As ações listadas em Bolsa estão sofrendo com uma concorrente de peso. Hoje, os títulos públicos atrelados à inflação e conhecidos como “Tesouro IPCA+” estão pagando 6% de juro real ao ano – um patamar difícil de ser encontrado na renda fixa e até mesmo na renda variável. Essa situação impulsiona uma migração de fluxo de capital dos ativos de risco, que ficam depreciados, para o papel de dívida do governo.
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Entretanto, isso não amedronta Alexandre Silverio, CEO da Tenax Capital, André Gordon, sócio-fundador da GTI, e Alexandre Rezende, sócio-fundador da Oceana Investimentos. Isto porque é justamente a depreciação dos ativos de risco, provocado por essa tendência à renda fixa, que abre grandes oportunidades na Bolsa. Os especialistas participaram do primeiro dia do TAG Summit, da TAG Investimentos, que ocorreu na última terça-feira (15).
“A NTN-B está pagando IPCA+6%. Só que hoje a gente tem a oportunidade de comprar o melhor portfólio de Shopping Malls do Brasil, com uma perspectiva de retorno, em um cenário conservador, de IPCA+15%”, afirma Rezende, da Oceana Investimentos.
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Esse portfólio de shoppings é do Iguatemi (IGTI11), apontado como um dos ativos bastante descontados e interessantes. Fora este papel, empresas de energia como Equatorial e a locadora de veículos Localiza chamam a atenção da Oceana Investimentos.
Gordon, da GTI, e Silverio, da Tenax, também apontam que agora é o momento para comprar ações. Ou seja, quando o mercado está em baixa.
“Quando parece que realmente as coisas não estão muito bem, estes são os melhores momentos”, diz Gordon, que destaca os papéis do Itaú (ITUB4) como descontados. “Eu tenho dificuldade de entender como não estar em Bolsa, mesmo para quem não está otimista com o Brasil”, afirma. O sócio-fundador da GTI destaca papéis como Suzano, que nos cálculos dele, deve entregar 20% de crescimento no próximo trimestre.
- Leia também: Qual banco vai pagar mais dividendos ao acionista -BB (BBAS3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) ou Santander (SANB11)?
“Existem várias oportunidades na renda variável”, diz Silvério. “A gente fez um estudo que viu que o diferencial entre o earnings yield (rendimento dos lucros) do índice de Small Caps (empresas de baixa capitalização), que são majoritariamente ações domésticas, para os títulos de inflação em 15 anos é de 5,2%.”, afirma.
Para a Tenax, além do setor de shoppings, o setor elétrico está atrativo, que deve ter uma taxa interna de retorno (TIR) de 15% ao ano em três anos. Segundo ele, algumas empresas de destaque são Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11).
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