Em relatório divulgado na quinta-feira (17) sobre o panorama do Brasil para 2021, o BTG Pactual projeta que o Ibovespa pode variar entre 81 mil e 151 mil pontos no ano que vem. Segundo o banco, a disparidade é grande porque há muitos cenários que dependem do encaminhamento da questão fiscal do País.
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“A situação fiscal do Brasil é a maior preocupação dos investidores já há algum tempo. Agora, o mercado está preocupado principalmente com a inabilidade e/ou falta de vontade do governo e do Congresso em cortar gastos e aprovar reformas estruturais para consolidar as contas do País”, dizem Carlos Sequeira e Osni Carfi, analistas do BTG.
Em uma avaliação por múltiplos, o banco pontua que o índice está acima da sua média histórica, a 15 vezes o preço lucro, contra média de 12,8 vezes. Em termos práticos, deixou de ser uma “barganha”.
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Mesmo assim, o BTG afirma que ainda há espaço para valorização nas ações no ano que vem e avalia que a chance de um cenário positivo em 2020 é de 65% contra 35% de um negativo. “Com fortes ventos soprando dos mercados globais, só uma gestão desastrosa na situação fiscal do País estragará a festa”, dizem os analistas.
De acordo com o relatório, a estimativa mais provável é que o Ibov encerre entre 102.197 mil e 139.686 mil pontos em 2021. A variação entre os patamares é de 36,68%.