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- Na lista das maiores perdas, as ações do IRB Brasil (IRBR3) ocuparam o primeiro lugar com uma queda de 37,2% no acumulado mensal
- Já as empresas ligadas à dinâmica do mercado internacional predominaram no ranking devido à possibilidade de recessão global
Os riscos de uma recessão global afetaram as ações do Ibovespa ligadas à dinâmica do mercado internacional. Segundo levantamento da Ágora Investimentos, os papéis de quatro empresas que estão entre as maiores quedas de setembro refletem o receio dos investidores com os rumos que as economias mundiais, em especial a dos Estados Unidos, estão seguindo. Veja também as ações mais rentáveis de setembro nesta reportagem.
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No entanto, os problemas operacionais também foram primordiais para colocar algumas ações em posição de destaque no ranking das maiores perdas. Foi o que aconteceu com as ações do IRB Brasil (IRBR3) que ocupam o topo da lista. No acumulado mensal, os papéis da companhia registraram uma desvalorização de 32,9%, cotado a R$ 1,1.
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Este é o segundo mês consecutivo que a resseguradora fica entre as ações menos atrativas da bolsa. O pessimismo para o papel ainda tem como principal “drive” a repercussão negativa sobre a oferta de novas ações (follow on), ocorrida no fim agosto. A medida foi uma forma da empresa utilizar os recursos para a geração de caixa.
“O negócio de resseguros é baseado na confiança e a própria empresa tem quebrado essa confiança do mercado. Então, temos uma empresa que está gerando prejuízo recorrente”, afirma Felipe Cima, broker de renda variável da Manchester Investimentos. “E ainda pode estar em uma fraude de diretoria”, acrescenta.
Em abril desta ano, a SEC, comissão mobiliária dos Estados Unidos, abriu um processo contra Fernando Pessoa, ex-vice-presidente executivo de finanças (CFO) e relações com investidores do IRB, após queixas de investidores por suspeita de que ele teria inventado a história envolvendo Warren Buffett. Saiba mais nesta reportagem.
Logo em seguida, as ações da Marfrig (MRFG3) aparecem como a segunda maior queda da bolsa em setembro. Ao contrário do IRB Brasil, as razões para a desvalorização têm relação com a pretensão do Federal Reserve (FED), autoridade monetária dos Estados Unidos, de desaquecer a economia norte-americana, por meio da alta dos juros, para conter a inflação no país.
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“Além disso, os participantes do setor esperavam um cenário mais negativo para 2022, que se materializou à medida que os estoques de gado caem e os preços da carne bovina estão mais fracos”, pontua a equipe de research da Ágora Investimentos. O pessimismo no mercado internacional também afetou as ações da São Martinho (SMTO3), que ficou em terceiro lugar na lista das maiores perdas do Ibov.
De acordo com André Meirelles, diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP, com a baixa demanda das commodities energéticas, como o etanol, as projeções do mercado para os próximos meses seguem pessimistas. “Em setembro, o debate de juros e inflação, somado aos problemas enfrentados pela China, trouxeram de volta ao radar dos investidores o temor de recessão, o que tende a corrigir para baixo o preço das commodities, impactando negativamente a ação de empresas que são expostas a esse setor”, afirma Meirelles.
Os papéis da Minerva Foods (BEEF3) e da BRF (BRFS3) também entraram na lista com uma desvalorização de 18,8% e de 18,7%, respectivamente, em virtude do risco de recessão nos Estados Unidos.
