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Ibovespa hoje: Automob (AMOB3) salta pelo 2º dia e Hapvida (HAPV3) tomba 11%

Índice subiu com chance de votação das propostas do pacote fiscal no Congresso; dólar bateu recorde

Ibovespa hoje: Automob (AMOB3) salta pelo 2º dia e Hapvida (HAPV3) tomba 11%
O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
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  • O Ibovespa hoje fechou o dia em alta de 0,92%, aos 124.698,04 pontos, chegando a atingir máxima a 125.301,37 pontos
  • As três ações que mais valorizaram no dia foram Automob (AMOB3), Yduqs (YDUQ3) e Alpargatas (ALPA4)
  • As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Hapvida (HAPV3), GPA (PCAR3) e Marfrig (MRFG3)

O Ibovespa hoje fechou em alta, depois de registrar três quedas seguidas e atingir o menor nível desde junho. A principal referência da B3 abriu esta terça-feira (17) aos 123.560,06 pontos e finalizou o dia em alta de 0,92%, aos 124.698,04 pontos, chegando a atingir máxima a 125.301,37 pontos. O volume negociado foi de R$ 30,3 bilhões.

O índice ganhou impulso à tarde com novas notícias sobre a votação do pacote fiscal no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a Casa votará nesta terça-feira a reforma tributária e o projeto de lei complementar que prevê gatilhos ao arcabouço e bloqueio de emendas. Já as outras duas propostas do pacote fiscal, tanto o projeto de lei que trata do salário mínimo e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), serão votados na quarta-feira (18).

Lira, no entanto, não garantiu a aprovação dos projetos. “A gente vai votar o que eu disse hoje e amanhã. Não estou garantindo a aprovação ou a rejeição, mas vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar. Mas o calendário de votação é esse”, disse ele a jornalistas nesta tarde.

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Com as sinalizações, o dólar hoje chegou a operar em queda durante a tarde, mas voltou a subir e terminou o dia em alta de 0,04% a R$ 6,0961, seu recorde de encerramento. O Banco Central (BC) realizou novos leilões – operações que buscam aumentar a oferta de moeda estrangeira no mercado, reduzindo a pressão causada por movimentos especulativos ou desequilíbrios momentâneos entre oferta e demanda. Novamente, os leilões não foram capazes de frear os ganhos do dólar, diante das preocupações fiscais dos investidores.

“Eu acredito que a gente tem visto um movimento mais no sentido de defesa dos portfólios agora. O estresse nos juros continua, tanto por fatores macro como por fatores técnicos também, já que muitos gestores e fundos têm zerado posições. Então, isso alimenta o movimento de alta das taxas e o dólar segue muito forte, pois acaba sendo a proteção óbvia dos investidores contra todo esse estresse e ruído”, sinaliza Felipe Moura, analista da Finacap.

O mercado esteve de olho ainda na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O texto enfatizou que, por unanimidade, o Comitê optou pelo aumento de 1 ponto percentual na Selic e pela orientação sobre os seus próximos passos. “Acreditamos que o Copom valorizará tanto sua credibilidade nas próximas decisões que é muito improvável que se desvie do que foi sinalizado, especialmente na direção de uma decisão mais branda”, destaca o Itaú BBA em relatório.

Na Bolsa brasileira, as principais ações de commodities e de grandes bancos deram suporte ao Ibovespa. As ações da Vale (VALE3) subiram 0,50%, enquanto as da Petrobras (PETR3;PETR4) também fecharam em alta: as ordinárias (PETR3) avançaram 1,55% e as preferenciais (PETR4), 0,95%. Entre os grandes bancos, Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) registraram ganhos de 0,54%, 2,76% e 0,76%, respectivamente.

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Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,39%, 0,61% e 0,32%, respectivamente, sendo que o Dow Jones completou nove perdas seguidas, a série mais prolongada de desvalorização desde 1978, segundo a CNBC. As ações foram limitadas pela cautela com a possibilidade de o Federal Reserve (Fed) decretar um pausa no alívio monetário após o aguardado corte da taxa de juros no encontro de quarta-feira (18).

As maiores altas do Ibovespa hoje

As três ações que mais valorizaram no dia foram Automob (AMOB3), Yduqs (YDUQ3) e Alpargatas (ALPA4).

Automob (AMOB3): 6,38%, R$ 0,5

As ações da Automob (AMOB3) subiram 6,38%, terminando o pregão a R$ 0,5. Esse foi o segundo dia seguido de alta expressiva para os ativos da empresa, que estrearam na B3 na segunda-feira (16). Na véspera, os papéis já haviam disparado 176,47%.

A AMOB3 está em alta de 194,12%% no mês. No ano, acumula uma valorização de 194,12%%.

Yduqs (YDUQ3): 4,05%, R$ 8,48

Quem também se saiu bem no dia foi a Yduqs (YQUD3), que avançou 4,05% a R$ 8,48. Ações cíclicas, mais sensíveis aos ciclos econômicos, ganharam algum respiro nesta terça-feira, com os juros futuros de longo prazo fechando em queda.

A YDUQ3 está em baixa de 8,32% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 61,49%.

Alpargatas (ALPA4): 3,88%, R$ 6,42

Outro destaque positivo foi a Alpargatas (ALPA4), que subiu 3,88% a R$ 6,42, também beneficiada pelo alívio nas taxas longas dos juros futuros.

A ALPA4 está em alta de 1,9% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 36,56%.

As maiores quedas do Ibovespa hoje

As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Hapvida (HAPV3), GPA (PCAR3) e Marfrig (MRFG3).

Hapvida (HAPV3): -11,28%, R$ 2,28

As ações da Hapvida (HAPV3) sofreram a maior queda do Ibovespa hoje, encerrando a sessão em baixa de 14,40% a R$ 2,28. Para o Citi, a empresa é a mais exposta a eventuais mudanças em planos coletivos propostas pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo o banco, as alterações podem reduzir a flexibilidade financeira e enfraquecer a lucratividade desse tipo de plano.

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A HAPV3 está em baixa de 15,56% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 48,76%.

GPA (PCAR3): -8,39%, R$ 2,51

Quem também sofreu foram os papéis do GPA (PCAR3), que cederam 8,39% a R$ 2,51, em movimento de recuperação, depois de terem disparado 15,61% na véspera, diante do aumento de posição da Reag Trust Administradora de Recursos na empresa.

A PCAR3 está em baixa de 4,92% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 38,18%.

Marfrig (MRFG3): -8,36%, R$ 16

Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, figuraram também as ações da Marfrig (MRFG3), que recuaram 8,36% a R$ 16. O Santander rebaixou a recomendação da empresa de “outperform” (equivalente à compra) para neutra após a forte valorização em 2024.

A MRFG3 está em baixa de 0,56% no mês. No ano, acumula uma valorização de 92,54%.

*Com Estadão Conteúdo

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