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- O Ibovespa hoje fechou em alta de 0,64% aos 134.881,95 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.878,50 pontos e mínima a 134.030,64 pontos, registrada na abertura
- As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), CVC (CVCB3) e Braskem (BRKM5)
- As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Assaí (ASAI3), Carrefour (CRFB3) e Vibra (VBBR3)
O Ibovespa hoje conseguiu retomar o desempenho positivo no acumulado de 2024, exibindo ganhos de 0,52% no ano – marca que havia sido interrompida na véspera, com a queda de 0,48% do índice. Apoiada por perspectivas de um corte de juros mais agressivo nos Estados Unidos, a principal referência da B3 terminou esta sexta-feira (13) em alta de 0,64% aos 134.881,95 pontos, depois de oscilar entre máxima a 135.878,50 pontos e mínima a 134.030,64 pontos, registrada na abertura. Apenas 15 ativos da carteira do índice fecharam o dia em queda.
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Entre as ações de maior peso, a Vale (VALE3) foi decisiva para o desempenho positivo do Ibovespa no dia. As ações da mineradora, que exibiram ganhos de 3,21% na semana, encerraram a sessão em alta de 0,67%, mesmo com a queda do minério de ferro no exterior. Em Cingapura, a commodity recuou 1,96%, enquanto teve perda de 0,29% na Bolsa chinesa de Dalian.
Já as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) terminaram o dia em queda: os papéis ordinários (PETR3) cederam 0,30%, enquanto os preferenciais (PETR4) tiveram baixa de 0,46%. Os ativos começaram o dia no campo positivo, mas recuaram à tarde, o que contribuiu para a perda de dinamismo do Ibovespa. A virada das ações foi atribuída a declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a estatal.
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Em evento de inauguração do Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, Lula disse que parte do ganho da Petrobras tem de ser revertido em “benefício”, inclusive para o desenvolvimento nacional. Ele reiterou que a estatal não serve “só para lucrar”, e que quer transformar a companhia “na grande empresa de energia do planeta Terra”. Na visão do presidente, o Brasil não pode ser um “mero importador de tudo”.
No cenário doméstico, investidores também reagiram à divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O indicador encolheu 0,41% na passagem de junho para julho, sendo que a retração foi menor do que a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de queda de 0,50%, com estimativas que iam de -1,70% a 0,40%.
Já nos Estados Unidos, o foco esteve no índice de sentimento do consumidor do país, elaborado pela Universidade de Michigan, que subiu de 67,9 em agosto para 69,0 em setembro. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam o índice a 68,2 neste mês.
Outro destaque foi uma reportagem do Wall Street Journal, que sinalizou como o debate sobre a dimensão do primeiro ajuste monetário nos Estados Unidos ainda continua em aberto. Também no radar, o ex-presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, Bill Dudley, defendeu que há um argumento forte em favor de um afrouxamento mais agressivo pela autoridade monetária.
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“O Ibovespa reagiu tanto a fatores externos, como a expectativa de cortes mais agressivos nos juros americanos, quanto a fatores internos, como a preparação do mercado para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana e os dados do IBC-Br. Ambos os cenários favorecem o movimento de alta, com o índice se aproximando dos 135 mil pontos, refletindo um otimismo cauteloso dos investidores”, afirma Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital.
Nos Estados Unidos, as Bolsas de Nova York também encerraram em alta. Nasdaq subiu 0,65%, enquanto Dow Jones e S&P 500 registraram ganhos de 0,72% e 0,54%, respectivamente, diante das apostas por um relaxamento monetário mais agressivo no país.
Já o dólar encerrou em queda de 0,91% cotado a R$ 5,5673. Uma pesquisa do BTG Pactual, divulgada nesta sexta-feira, mostrou que cerca de 44% dos entrevistados veem a taxa de câmbio no intervalo de R$ 5,20 e R$ 5,40 por dólar nos próximos 12 meses, reforçando uma expectativa de valorização do real. Por outro lado, uma parcela menor, de aproximadamente 28%, acredita que a moeda americana ficará entre R$ 5,40 e R$ 5,60.
Na próxima semana, o principal destaque da agenda econômica fica por conta dos anúncios da decisão de política monetária pelo Copom e pelo Fed, ambos na quarta-feira (18). O mercado precifica que o Banco Central brasileiro elevará a taxa Selic, enquanto a autoridade norte-americana deverá iniciar o ciclo de afrouxamento da política monetária.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Azul (AZUL4), CVC (CVCB3) e Braskem (BRKM5).
Azul (AZUL4): 22,52%, R$ 4,95
As ações da Azul (AZUL4) lideraram com folga os ganhos do Ibovespa nesta sexta-feira, finalizando a sessão em alta de 22,52% a R$ 4,95. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, os bondholders da empresa (detentores de títulos da dívida) sinalizaram que estão dispostos a dar mais recursos para a aérea, com a condição de que a companhia primeiro se acerte com os lessores, os agentes que arrendam os aviões, e que têm a maior parte das dívidas da empresa.
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A AZUL4 está em baixa de 8,16% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 69,08%.
CVC (CVCB3): 14,29%, R$ 2,08
Quem também se saiu bem no pregão foi a CVC (CVCB3), que exibiu ganhos de 14,29% a R$ 2,08. Ao Broadcast, Julia Monteiro, analista da MyCap, explicou que, além do cenário otimista para ativos de risco, que levou dólar e juros para baixo, ainda há uma expectativa de melhora de administração da CVC, que contribuiu para a performance do papel nesta sexta-feira.
A CVCB3 está em alta de 5,58% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 40,57%.
Braskem (BRKM5): 7,79%, R$ 19,38
Outro destaque positivo foi a Braskem (BRKM5), que subiu 7,79% a R$ 19,38, em meio à potencial votação da tarifa de importação adicional de plásticos e outros produtos petroquímicos.
“De fato, há um olhar de todo o governo para essas indústrias, para lançar mão dos instrumentos capazes de permitir ou de assegurar que elas tenham, de fato, competitividade”, disse mais cedo o secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Márcio Elias Rosa.
A BRKM5 está em alta de 7,43% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 11,34%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Assaí (ASAI3), Carrefour (CRFB3) e Vibra (VBBR3).
Assaí (ASAI3): -2,98%, R$ 8,8
Os papéis do Assaí tiveram a principal queda do Ibovespa nesta sexta-feira, fechando o pregão em baixa de 2,98% a R$ 8,8. O movimento ocorreu depois do Bank of America (BofA) reduzir a recomendação dos papéis da companhia para neutro e cortar o preço-alvo para R$ 11. A casa também diminuiu as estimativas do lucro líquido da empresa em 3% para 2024, 21% para 2025 e 9% para 2026. Lembrando que todas as porcentagens refletem a comparação com as expectativas anteriores do banco.
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A ASAI3 está em baixa de 8,05% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 34,96%.
Carrefour (CRFB3): -2,67%, R$ 9,11
Outro destaque negativo foi o Carrefour (CRFB3), que cedeu 2,67% a R$ 9,11, também impactado pelo rebaixamento de recomendação do BofA, que cortou o preço-alvo dos papéis da empresa para R$ 10,25.
A CRFB3 está em alta de 1,56% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 26,83%.
Vibra (VBBR3): -1,6%, R$ 25,28
Quem também sofreu no Ibovespa hoje foram as ações da Vibra (VBBR3), que encerraram o pregão em baixa de 1,6% a R$ 25,28. Nenhuma notícia específica sobre a companhia, no entanto, esteve no radar dos investidores.
A VBBR3 está em baixa de 1,71% no mês. No ano, acumula uma valorização de 16,12%.
*Com Estadão Conteúdo
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