Os índices de Nova York encerraram em alta: enquanto o Dow Jones subiu 0,08%, S&P 500 valorizou 0,41% e o Nasdaq apresentou alta de 0,67%. Além disso, o dólar hoje fechou em queda de 0,77% a R$ 5,6757. O presidente dos EUA, Donald Trump, informou, na noite de sexta-feira (30), que aumentará as tarifas sobre o aço e o alumínio de 25% para 50% a partir de quarta-feira (4).
“Não vamos permitir que aço seja vendido no exterior sem a devida proteção. As taxas protegem o aço dos EUA contra dumping. Ninguém vai evitá-las”, disse ele em discurso na fábrica da US Steel em Pittsburgh. Segundo ele, o próprio CEO da US Steel solicitou a ajuda do republicano para salvar a empresa. “China estava inundando o mercado de aço dos EUA. Por isso, evitaremos o aço de baixa qualidade de Xangai”, pontuou Trump.
Ainda no âmbito comercial, EUA e China acusaram-se mutuamente de violar a trégua tarifária que fecharam no mês passado. O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, disse à ABC News ontem, no entanto, esperar que Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, conversem sobre tarifas nesta semana.
Cenário interno influencia o Ibovespa hoje
No cenário político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que deve conversar com o relator do grupo de trabalho da reforma administrativa, Pedro Paulo (PSD-RJ), por avaliar que há dispositivos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 que aumentam o gasto público, questão que já vem sendo alertada ao Congresso.
“Nós precisamos notar que quando você fala em reforma administrativa tem um pouco de um fetiche em torno da expressão. Mas, quando você faz a conta, ela não fecha. Então precisa de cautela”, disse o ministro em conversa com jornalistas ao chegar à sede da Pasta.
Ele também argumentou que o governo já endereçou pontos importantes dessa discussão, como a questão dos super salários e lembrou do acordo que foi feito com as Forças Armadas sobre aposentadoria. “Nós daríamos um bom exemplo para começar a discutir esse tema começando pelo topo do serviço público”, defendeu.
No mundo corporativo, as atenções dos investidores se voltaram para as petroleiras. No fim de semana, a OPEP+ anunciou aumento de produção diária de petróleo. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para julho subiu 2,85% (US$ 1,73), fechando a US$ 62,52 o barril. O Brent para agosto, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,95% (US$ 1,85), para US$ 64,63 o barril. Além disso, a Petrobras (PETR4) anunciou um acordo com a subsidiária da Unigel e a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures.
Outro destaque envolvendo a petroleira foi o anúncio da redução nos seus preços de venda de gasolina A para as distribuidoras em 5,6% a partir da próxima terça-feira (3). O preço de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro.
Atenção também para Eletrobras (ELET3), que finalizou o descruzamento de participações acordado com a Copel (CPLE6), e também para outras elétricas, pois, hoje, se inicia a cobrança adicional da bandeira vermelha na conta de luz. Já a JBS (JBSS3) obteve registros necessários para a dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos.
Mercado europeu cai após novas ameaças de Trump
As bolsas europeias encerraram o primeiro pregão de junho sem direção única, em um cenário de cautela, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre aço, que reacenderam as tensões comerciais globais.
Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,02%, aos 8.774,26 pontos. O DAX, em Frankfurt, recuou 0,28%, aos 23.930,67 pontos, e o CAC 40, em Paris, caiu 0,19%, aos 7.737,20 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,26%, aos 39.984,15 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 avançou 0,36%, aos 14.202,80 pontos, e o PSI 20, em Lisboa, ganhou 0,50%, aos 7.425,73 pontos. Os dados são preliminares.
Do noticiário macroeconômico, destaque para o PMI industrial do Reino Unido, que subiu para 46,4 em maio, contrariando estimativa inicial de declínio. O da zona do euro avançou para 49,4 no mês passado, confirmando a leitura preliminar, e o da Alemanha caiu para 48,3, vindo na contramão do cálculo original de alta.
Bolsas da Ásia recuam após tensão sobre tarifas de Trump
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira após a ameaça de aumento das tarifas de Trump.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Taiex caiu 1,61% em Taiwan ao voltar de um feriado, a 21.002,71 pontos, enquanto o japonês Nikkei recuou 1,30% em Tóquio, a 37.470,67 pontos, e o Hang Seng cedeu 0,57% em Hong Kong, a 23.157,97 pontos. O sul-coreano Kospi, por sua vez, ficou praticamente estável em Seul, com alta marginal de 0,05%, a 2.698,97 pontos.
Na China continental, não houve negócios devido a um feriado. Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho depois de subir nos dois pregões anteriores. O S&P/ASX 200 caiu 0,24% em Sydney, a 8.414,10 pontos. Para mais informações sobre o Ibovespa hoje, clique aqui.