O IBOV até chegou a oscilar para o campo positivo durante a sessão, mas acabou se firmando no vermelho com novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Brasil. O republicano voltou a afirmar que o Brasil tem sido “horrível” nas relações comerciais com os americanos e repetiu que o País lida de “péssima maneira com a política quando eles prendem um ex-presidente”, em referência à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. “É uma execução política o que o Brasil tenta fazer com Bolsonaro”, acrescentou.
Na carteira do Ibovespa, o dia foi positivo para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), que fecharam em alta de 2,96%, com o mercado na expectativa pelo balanço do banco no segundo trimestre. Papéis de peso para o IBOV, por outro lado, terminaram o pregão no campo negativo. As ações da Vale (VALE3) recuaram 1,24%, enquanto os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) cederam 0,94% e os preferenciais (PETR4) tiveram baixa de 1,28%.
Em Nova York, S&P 500 subiu 0,03%, enquanto Dow Jones e Nasdaq caíram 0,02% e 0,01%, respectivamente. O núcleo do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que exclui itens voláteis, dos Estados Unidos subiu 0,9% em julho ante junho, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,2%.
O dólar hoje fechou em alta de 0,28% cotado a R$ 5,4171. “O PPI veio acima das previsões e reforçou sinais de pressão inflacionária na economia americana, sustentando a valorização global da moeda americana”, afirma Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Hapvida (HAPV3), Ultrapar (UGPA3) e MRV (MRVE3).
Hapvida (HAPV3): 8,29%, R$ 37,77
As ações da Hapvida (HAPV3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, subindo 8,29% a R$ 37,77. Para o Citi, o balanço do segundo trimestre da empresa foi positivo, com destaque para a retomada comercial da empresa, que viu um avanço de 13% na vendas brutas. O banco também destacou que o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) “limpo” somou R$ 878 milhões, 5% acima das projeções do banco, e o fluxo de caixa livre recorrente atingiu R$ 300 milhões, o dobro do estimado.
A HAPV3 está em alta de 14,21% no mês. No ano, acumula uma valorização de 12,91%.
Ultrapar (UGPA3): 4,01%, R$ 17,64
Quem também se saiu bem foi a Ultrapar (UGPA3), que avançou 4,01% a R$ 17,64. A empresa apresentou lucro líquido de R$ 1,151 bilhão no segundo trimestre de 2025, com alta de 134% sobre o mesmo período de 2024.
A UGPA3 está em alta de 2,74% no mês. No ano, acumula uma valorização de 14,32%.
MRV (MRVE3): 3,61%, R$ 7,17
Na lista de maiores altas do dia, também estiveram as ações da MRV (MRVE3), que saltaram 3,61% a R$ 7,17, estendendo os ganhos da véspera, quando já haviam disparado 6,63%.
A MRVE3 está em alta de 20,5% no mês. No ano, acumula uma valorização de 35,03%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Raízen (RAIZ4), Usiminas (USIM5) e Cosan (CSAN3).
Raízen (RAIZ4): -12,5%, R$ 1,05
Os papéis da Raízen (RAIZ4) lideraram as perdas do Ibovespa hoje e derreteram 12,5% a R$ 1,05. A empresa registrou prejuízo líquido de R$ 1,844 bilhão no primeiro trimestre do ano-safra 2025/26 (1º de abril a 30 de junho de 2025), revertendo o lucro de R$ 1,066 bilhão obtido em igual intervalo da safra anterior.
A RAIZ4 está em baixa de 26,06% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 51,39%.
Usiminas (USIM5): -7,19%, R$ 4
Quem também se saiu mal foi a Usiminas (USIM5), que cedeu 7,19% a R$ 4, em dia de forte queda do minério de ferro na China.
A USIM5 está em baixa de 8,68% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,81%.
Cosan (CSAN3): -6,57%, R$ 5,4
Na lista de principais quedas do Ibovespa hoje, figuraram ainda as ações da Cosan (CSAN3), que recuaram 6,57% a R$ 5,4, impactadas pelo desempenho da Raízen.
A CSAN3 está em baixa de 8,94% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 33,82%.
*Com Estadão Conteúdo