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- Segundo analistas, a tendência de baixa se deve a alguns fatores que irão movimentar a Bolsa brasileira ao longo desta semana como o relatório final do novo arcabouço fiscal e dados de inflação
- O movimento de realização de lucros na Bolsa também influenciou a alta do dólar, que fechou o dia com uma valorização de 1,12%, cotado a R$ 4,94
- A tendência é que a moeda norte-americana siga em alta com os investidores em busca de ativos mais defensivos
Nesta terça-feira (16), o Ibovespa registrou a primeira queda após oito dias seguidos de alta. Para especialistas, o índice deve dar continuidade ao movimento de perdas nos próximos pregões, iniciado ontem, quando o principal índice da B3 encerrou o dia com uma queda de 0,77% aos 108.193,68 pontos. Segundo analistas, a tendência se deve a alguns fatores que devem movimentar a Bolsa de Valores brasileira ao longo desta semana, como o relatório final do novo arcabouço fiscal e dados de inflação.
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O movimento de queda surpreendeu o mercado, pois a expectativa inicial era de que o Ibovespa continuasse com o ciclo de altas ao longo do pregão da terça-feira. Durante a manhã e maior parte da tarde, o principal índice da B3 seguia com ganhos em virtude da valorização dos papéis da Petrobras. O bom desempenho das ações da companhia, que correspondem a 10% da composição do IBOV, refletia a visão positiva dos analistas sobre a nova política de preço para o combustível.
“O desenho apresentado ao mercado é parecido ao que já estava sendo praticado e os investidores acreditaram que a mudança seria mais restritiva”, afirmou Lucas Mastronomico, operador de renda variável da B.Side Investimentos. No pregão de ontem, as ações da Petrobras encerraram com ganhos de 2,49% (PETR3) e 2,42% (PETR4), respectivamente.
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No entanto, os ganhos do IBOV deram lugar a perdas, após investidores estrangeiros entrarem em processo de realização de lucros. Agora, a performance no curto prazo vai depender do resultado parcial da inflação de maio, dos números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e da apresentação do texto final do novo arcabouço fiscal, prevista para ocorrer nesta semana.
“Se os resultados vierem positivos, os dados devem ajudar a Bolsa a andar. Lá fora, teremos que ver se a taxa de juros dos Estados Unidos deve cair ou não. Ou seja, vai depender desses aspectos mais macroeconômicos ”, afirma Marco Noernberg, líder de renda variável da Manchester Investimentos.
Dólar
O movimento de realização de lucros na Bolsa também influenciou a alta do dólar, que fechou o dia com uma valorização de 1,12%, cotado a R$ 4,94. “Para realizar esse lucro, é preciso vender real e comprar dólar“, diz Leandro Petrokas, diretor de research, mestre em finanças e sócio da Quantzed. O especialista acredita que a tendência é que a bolsa brasileira siga no campo negativo nos próximos dias.
A tendência é que a moeda norte-americana siga em alta com os investidores em busca de ativos mais defensivos. “O dólar segue indefinido pelo gráfico, mas pode subir frente ao real, especialmente se o arcabouço fiscal não evoluir nas casas legislativas como o governo espera”, afirma Petrokas.
Na cotação de terça-feira, o dólar subiu 1,12%, cotado a R$ 4,9428. A alta rompeu a sequência de cinco pregões consecutivos de queda, em que a moeda acumulou uma desvalorização de 2,46%.
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