O Ibovespa subiu 0,86% na semana, passando de 141.422,26 pontos para 142.640,14 pontos. Após um início de semana morno, com uma sequência de leves baixas entre a segunda (1) e a quarta-feira (3), o índice brasileiro voltou a ganhar fôlego após a divulgação do Payroll, relatório do emprego nos EUA. O documento mostrou uma criação de vagas abaixo do esperado, o que alimentou as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). Um juro mais baixo no mercado americano tende a impulsionar a saída de capital da renda fixa nos EUA em direção a Bolsas globais.
“Esse cenário levou à queda dos rendimentos dos treasuries (títulos dos EUA) e do dólar frente a outras moedas, enquanto o ouro avançou. No Brasil, o Ibovespa renovou máxima histórica de fechamento impulsionado pela queda dos juros futuros e valorização do minério de ferro”, apontou a Ágora Investimentos, em relatório. Christian Iarussi, economista e sócio da The Hill Capital, aponta que um corte das taxas nos EUA também pode começar a abrir caminho para diminuição da Selic no Brasil, mas há ainda outros fatores na conta do Banco Central.
“Para o Banco Central, cortes na Selic só devem ser considerados quando houver maior desaceleração da economia brasileira, inflação corrente e de serviços mais comportada e expectativas de preços bem ancoradas”, diz Iarussi. Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq subiram 0,33%, e 1,14%, enquanto Dow Jones caiu 0,32%. O dólar e o euro caíram 0,18% e 0,03% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,41 e R$ 6,34, respectivamente.
As maiores altas da semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram Cosan (CSAN3), Magazine Luiza (MGLU3) e Raízen (RAIZ4).
Cosan (CSAN3): 24,79%, R$ 7,30
Os rumores de que a Cosan está recebendo propostas de interessados pela fatia da empresa na Raízen impulsionou os papéis da companhia na semana. No total, a ação acumulou alta de 24,79%, atingindo o patamar de r$ 7,30.
A CSAN3 está em alta de 24,79% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -10,54%.
Magazine Luiza (MGLU3): 13,19%, R$ 9,27
Com alívio dos juros futuros após divulgação do Payroll, as empresas cíclicas ganharam fôlego. Entre elas, a Magazine Luiza foi o principal destaque da semana, com alta de 13,19%, para R$ 9,27.
A MGLU3 está em alta de 13,19% no mês. No ano, acumula uma valorização de 46,91%.
Raízen (RAIZ4): 9,4%, R$ 1,28
A notícia publicada pelo Broadcast sobre gigantes japonesas estarem interessadas em adquirir uma fatia na Raízen mexeu com os papéis da companhia. Na semana, a alta foi de 9,4%, aos R$ 1,28.
A RAIZ4 está em alta de 9,4% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -40,74%.
As maiores baixas da semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Brava (BRAV3), Marfrig (MRFG3) e Azzas 2154 (AZZA3).
Brava (BRAV3): -8,58%, R$ 18,33
A depreciação do petróleo na semana pressionou os papéis ligados à commodity. As ações da Brava cederam 8,58% no período, aos R$ 18,33.
A BRAV3 está em baixa de -8,58% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -22,07%.
Marfrig (MRFG3): -5,54%, R$ 23,55
Os papéis da Marfrig acumularam perdas com os investidores à espera do julgamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão com a BRF, que ocorreu nesta sexta-feira (5) e terminou com aprovação pelo tribunal. No período, a ação caiu 5,54%, aos R$ 23,55.
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A MRFG3 está em baixa de -5,54% no mês. No ano, acumula uma valorização de 38,29%.
Azzas 2154 (AZZA3): -5,3%, R$ 32,87
Em meio a mudanças na diretoria estatutária da Hering, os papéis da Azzas 2154 acumularam baixas de 5,3% na semana, aos R$ 32,87.
A AZZA3 está em baixa de -5,3% no mês. No ano, acumula uma valorização de 11,12%.