

O Ibovespa na semana caiu 0,29%, atingindo os 145.446,66 pontos, com diferentes dados econômicos no radar e sinais de maior aproximação entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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O Ibovespa na semana caiu 0,29%, atingindo os 145.446,66 pontos, com diferentes dados econômicos no radar e sinais de maior aproximação entre o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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Na terça-feira (23), Lula e Trump tiveram um breve encontro nos corredores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Trump afirmou ter “gostado” de Lula. “Ele parece ser um homem muito legal”, disse no discurso. “Eu gostei dele e ele gostou de mim. E eu apenas faço negócios com pessoas de quem eu gosto.” O presidente americano afirmou que os dois concordaram em marcar uma reunião.
O republicano, no entanto, também teceu críticas ao Brasil, afirmando que o País “enfrenta grandes tarifas por tentar censurar cidadãos americanos”, além de acusar o governo brasileiro de “perseguir opositores políticos nos EUA”. Defendeu ainda que as medidas tarifárias são um “mecanismo de defesa para os americanos” e uma forma de “garantir a soberania dos EUA”.
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As sinalizações de avanço nas conversas entre os dois líderes agradaram o mercado, com o Ibovespa batendo a marca de 147.178,47 pontos na máxima de terça-feira. A percepção foi de alívio e de maior estabilidade na relação entre os países, pelo menos no curto prazo.
A semana também foi marcada por diferentes dados econômicos. No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na quinta-feira (25), ficou em 0,48% em setembro, 0,62 ponto percentual acima do resultado de agosto (-0,14%). Na mesma data, saiu a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do segundo trimestre, que teve alta anualizada de 3,8%, contra as expectativas de 3,3%.
Já na sexta-feira (26), p destaque ficou com o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que subiu 0,3% em agosto ante julho, em linha com as projeções.
Na semana, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,31%, 0,15% e 0,65%, respectivamente, em Nova York. No mercado doméstico de câmbio, o dólar subiu 0,32% frente ao real período, aos R$ 5,3381. Já o euro caiu 0,03%, aos R$ 6,249.
As três ações que mais valorizaram na semana foram GPA (PCAR3), Embraer (EMBR3) e Rumo (RAIL3).
As ações do GPA (PCAR3) lideraram os ganhos do Ibovespa na semana e dispararam 5,58% a R$ 4,35 no período. Ficou no radar uma disputa fiscal entre a empresa e o Assaí (ASAI3). Em comunicado, a companhia informou que vem cumprindo integralmente todas as obrigações previstas no Contrato de Separação e Outras Avenças, firmado com o Assaí em 14 de dezembro de 2020 e posteriormente aditado. A varejista ressaltou que adotará todas as medidas necessárias para resguardar seus interesses.
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A PCAR3 está em alta de 21,17% no mês. No ano, acumula uma valorização de 70,59%.
Outro destaque positivo foi a Embraer (EMBR3), com alta de 5,28% a R$ 80,8 no período. A empresa firmou um acordo com a Latam Airlines Group e suas afiliadas para a aquisição de até 74 aeronaves E195-E2, em um movimento considerado histórico tanto para a fabricante brasileira quanto para a companhia aérea. Veja aqui.
A EMBR3 está em alta de 6,04% no mês. No ano, acumula uma valorização de 43,95%.
Entre os destaques positivos, também estiveram as ações da Rumo (RAIL3), que tombaram 4,24% a R$ 15,23 na semana.
A RAIL3 está em alta de 4,67% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 10,94%.
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Raízen (RAIZ4), Braskem (BRKM5) e Cosan (CSAN3).
Liderando o topo negativo, as ações da Raízen (RAIZ4) recuaram 20,16% no período para R$ 1,03. Os papéis foram impactados por notícias envolvendo a sua controladora Cosan (CSAN3).
A RAIZ4 está em baixa de 11,97% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 52,31%.
Na lista de baixas, os papéis da Braskem (BRKM5) afundaram 17,41% na semana a R$ 7,02. Só nesta sexta-feira (26), tombaram 14,81% com o risco de uma possível reestruturação de capital. Mais cedo, a companhia anunciou a contratação de assessores financeiro e jurídico para auxiliá-la na elaboração de um diagnóstico de alternativas econômico-financeiras. Veja os detalhes aqui.
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A BRKM5 está em baixa de 25,08% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 39,38%.
Completando os destaques negativos do Ibovespa na semana, as ações da Cosan (CSAN3) derreteram 17,33% a R$ 6,2 no período, após a companhia anunciar um aporte de R$ 10 bilhões via fundos do BTG Pactual e da empresa de investimentos Perfin. Como explicamos nesta matéria, o preço da oferta e a diluição do investidor minoritário foram os principais fatores negativos que pesaram contra o papel.
A CSAN3 está em alta de 5,98% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 24,02%.
*Com Estadão Conteúdo
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