

O Ibovespa subiu 2,63% na semana, passando de 128.957,09 pontos para 132.344,88 pontos. No período, os investidores acompanharam a “Super Quarta”, com decisões de política monetária nos EUA e Brasil. Por aqui, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, elevou a taxa básica de juros Selic em 1 ponto percentual. Agora, o juro saiu de 13,25% para 14,25% ao ano, maior patamar desde 2016. A leitura foi de que o tom utilizado pelo colegiado foi mais duro do que o esperado.
“O Copom deixou claro que a inflação segue elevada e não está cedendo na velocidade esperada. Isso justifica a manutenção de uma política monetária mais restritiva por mais tempo”, diz Fernando Bento, CEO e sócio da FMB Investimentos, em nota. A divulgação de novos balanços do 4º trimestre de 2024 também ditaram o ritmo dos papéis na Bolsa.
Já o Federal Reserve (Fed, banco central americano) manteve a taxa de juros inalterada na faixa entre 4,25% e 4,5% ao ano, conforme esperado. Em Nova York, as bolsas subiram menos que o Ibov, pressionadas pelas preocupações em torno das políticas tarifárias do presidente Donald Trump e os riscos inflacionários e de desaceleração econômica nos EUA. O S&P 500, Dow Jones e Nasdaq valorizaram 0,51%, 1,2% e 0,17% na semana, respectivamente. O dólar e o euro caíram -0,45% e -1,04% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,72 e R$ 6,19, respectivamente.
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“Para a próxima semana, destaque para a divulgação da ata do Copom na terça-feira (25) e para o IPCA-15 de março na quinta-feira. Projetamos uma alta de 0,7% na variação mensal, após avanço de 1,23% no mês anterior. Caso este resultado seja confirmado levaria o acumulado em 12 meses para 5,33%”, afirma a Ágora Investimentos, em relatório.
Maiores altas do Ibovespa na semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Azzas 2154 (AZZA3).
- JBS (JBSS3): 25,91%, R$ 41,84
As ações da JBS dispararam na semana, com uma alta de quase 26%, atingindo R$ 41,84. Por trás do salto, estão as expectativas relacionadas à listagem das ações nos Estados Unidos. Na terça (18) a companhia divulgou que a BNDESPar, única acionista da JBS com poder de vetar a listagem, se absteve de votar a questão. As ações dispararam 13% na data e o otimismo continuou nos pregões seguintes (leia mais nesta reportagem).
A JBSS3 está em alta de 35,01% no mês. No ano, acumula uma valorização de 15,26%.
- Marfrig (MRFG3): 19,33%, R$ 18,21
Os papéis do frigorífico Marfrig subiram 19,33% na semana, para R$ 18,21. A alta nos papéis foi influenciada pelo otimismo com as ações da concorrente JBS. Na semana, a Marfrig também anunciou a conclusão da aquisição de unidades produtivas da MFG Agropecuária.
A MRFG3 está em alta de 33,6% no mês. No ano, acumula uma valorização de 6,93%.
- Azzas 2154 (AZZA3): 11,63%, R$ 24
Após sofrerem com os rumores em torno de conflitos entre os principais executivos da companhia, os papéis da Azzas 2154 se recuperaram. Na semana, a alta foi de 11,63%, aos R$ 24.
A AZZA3 está em baixa de -7,69% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -18,86%.
Maiores baixas do Ibovespa na semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Petz (PETZ3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Automob (AMOB3).
- Petz (PETZ3): -8,84%, R$ 4,23
As ações da Petz cederam 8,84% na semana, aos R$ 4,23. No período, a empresa divulgou os resultados do 4º trimestre de 2024 com um prejuízo de R$ 43 milhões, revertendo o lucro obtido no 4º tri de 2023.
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A PETZ3 está em alta de 5,75% no mês. No ano, acumula uma valorização de 3,93%.
- Caixa Seguridade (CXSE3): -4,73%, R$ 15,10
Os papéis da Caixa Seguridade foram penalizados após a empresa fixar preço de nova oferta de ações em R$ 14,75, abaixo do preço corrente dos ativos. Na semana, as ações acumularam queda de 4,73% e fecharam o período em R$ 15,10.
A CXSE3 está em baixa de -0,66% no mês. No ano, acumula uma valorização de 8,32%.
- Automob (AMOB3): -3,57%, R$ 0,27
Com as ações negociadas a centavos, os papéis da “penny stock” Automob fecharam a semana em baixa de 3,57%. As quedas se intensificaram após prejuízo líquido de R$ 7 milhões relatado no 4º trimestre de 2024, ante lucro de R$ 21 milhões no mesmo período de 2023.
A AMOB3 está em alta de 8% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -20,59%.
*Com Broadcast
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