O Ibovespa caiu 0,85% na semana, passando de 128.218,59 pontos para 127.128,06 pontos. A semana foi marcada pela divulgação de balanços financeiros referentes ao 4º trimestre de 2024, determinantes para definir o desempenho das ações no período. Um dos principais resultados financeiros foi o da Vale (VALE3), que, apesar de ter prejuízo contábil, demonstrou números sólidos. Os números da Gerdau (GGBR4), por outro lado, vieram mais fracos que o esperado e derrubaram os papéis no pregão posterior à publicação dos relatórios.
No exterior, os investidores seguiram de olho nas novas tarifas propostas pelo presidente dos EUA Donald Trump, além dos dados de inflação no país. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) também publicou a ata da última decisão sobre juros e afastou as esperanças de um ciclo de corte. As preocupações com as políticas do republicano, consideradas inflacionárias, começam a entrar na conta da instituição. “Além de repetir o protocolo de que novos ajustes poderão ser feitos para qualquer direção a depender de um amplo conjunto de dados sobre a dinâmica da economia, os dirigentes do Fed deixaram explícito que para considerarem novos cortes nas taxas de juros será necessário ter mais evidências de que a inflação vai convergir de forma sustentável para a meta de 2%”, diz Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 1,66%, 2,51% e 2,51%, respectivamente. O dólar e o euro subiram 0,6% e 0,28% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,73 e R$ 6,00, respectivamente.
As ações da Caixa Seguridade subiram 6,61% na semana, para R$ 15,64, com os investidores repercutindo o lucro acima do esperado no 4º trimestre de 2024 e o anúncio de pagamento de dividendos.
A CXSE3 está em alta de 6,54% no mês. No ano, acumula uma valorização de 12,2%.
Vale (VALE3): 4,47%, R$ 58,16
O balanço considerado “sólido” e as expectativas com o novo programa de recompra de ações impulsionaram as ações da Vale na semana. Os papéis da mineradora acumularam alta de 4,47%, aos R$ 58,16.
A VALE3 está em alta de 7,37% no mês. No ano, acumula uma valorização de 6,62%.
Auren (AURE3): 4,13%, R$ 8,82
Os papéis da Auren subiram 4,13% na semana, aos R$ 8,82. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a requerer esclarecimentos sobre a oscilação das ações, que subiram 6,13% somente na segunda (17), mas a companhia afirmou não ter conhecimento sobre qualquer fato que possa justificar as oscilações.
A AURE3 está em alta de 8,75% no mês. No ano, acumula uma valorização de 0,57%.
Os papéis das Lojas Renner afundaram na Bolsa após a repercussão ruim dos resultados do 4º trimestre de 2024, considerados pouco animadores. As ações acumularam baixa de 13,63% na semana, aos R$ 11,79.
A LREN3 está em baixa de -13,63% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -2,72%.
LWSA (LWSA3): -13,53%, R$ 2,94
A alta dos juros futuros e do dólar na última quarta-feira (19) fez os papéis da LWSA desabarem mais de 8%. No acumulado da semana, a baixa é de 13,53%, para R$ 2,94.
Publicidade
A LWSA3 está em baixa de -12,5% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -11,45%.
GPA (PCAR3): -13,42%, R$ 2,71
Além do repique de alta dos juros futuros, que compromete empresas mais ligadas ao consumo doméstico, os papéis do GPA sofreram após a divulgação de um prejuízo de R$ 1 bilhão no 4º tri de 2024. No acumulado da semana, a queda foi de 13,42%, aos R$ 2,71.
A PCAR3 está em alta de 0,37% no mês. No ano, acumula uma valorização de 6,27%.
