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Incorporação da Smiles pela Gol é aprovada: como ficam os papéis da aérea?

Operação foi aprovada ontem em assembleia pelos acionistas da operadora de programas de fidelidade

Incorporação da Smiles pela Gol é aprovada: como ficam os papéis da aérea?
Foto: JF Diório/Estadão
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  • Os acionistas da Smiles (SMLS3) aprovaram a incorporação do programa de milhagens pela Gol (GOLL4) na noite desta quarta-feira (24)
  • Por duas vezes, a Gol elevou a proposta pelas ações. Primeiro, indicou R$ 26,14 por papel. Depois, R$ 27
  • Para especialista, porém, não há tantas expectativas de valorização no preço das ações da aérea

Os acionistas da Smiles (SMLS3aprovaram a incorporação do programa de milhagens pela Gol (GOLL4) na noite desta quarta-feira (24). A companhia aérea elevou duas vezes a sua oferta para os acionistas minoritários da operadora de programas de fidelidade, que tinha nas mãos o poder de decidir se fechavam ou não o negócio. O resultado disso foi a segunda maior alta do Ibovespa para os papéis GOLL4.

No começo da manhã, a companhia aérea informou ao mercado que chegou a um acordo preliminar com cerca de 25% dos acionistas minoritários da Smiles e elevou a oferta de relação de troca aos detentores de ações da empresa de fidelidade, implicando em preço de R$ 26,14 por papel.

Após o encerramento das negociações na B3, a Gol divulgou outro fato relevante, comunicando que aumentou novamente sua proposta, com um preço implícito de R$ 27 por ação da sua controlada.

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O primeiro fato relevante já foi o suficiente para fazer o papel preferencial da aérea disparar e acumular alta diária de até 8,87%, com oferta máxima de R$ 22,10. Mas ao final das negociações, a ação GOLL4 desacelerou e fechou em alta 2,36%, negociada a R$ 20,78.

A Smiles estreou na bolsa em abril de 2013, movimentando mais de R$ 1 bilhão na sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A ação foi precificada, na época, em R$ 21,70. Desde 2018, todavia, a Gol vinha tentando reintegrar a controlada à sua estrutura societária por questões estratégicas.

“Esse acordo com cerca de 25% dos minoritários é positivo para a Gol e fez as ações se valorizarem hoje porque traz a possibilidade de um acordo com bom desconto para redução de custos operacionais da empresa”, diz Régis Chinchila, analista da Terra Investimentos.

Para os analistas do Bradesco BBI, Victor Mizusaki e Pedro Fontana, o aumento da proposta da Gol para convencer os acionistas minoritários da Smiles a aceitarem a proposta de fechamento de capital foi uma surpresa.

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“A GOL havia declarado recentemente que a proposta de fechamento de capital não mudaria, e se os acionistas minoritários da Smiles rejeitassem a oferta, o próximo passo seria renegociar seu acordo operacional com a Smiles”, lembram os analistas do Bradesco BBI, que têm recomendação neutra para o papel GOLL4, e preço-alvo de R$ 23.

Para Flávia Meireles, analista da Ágora Investimentos, não há tantas expectativas de valorização no preço da ação da Gol. Ela entende que o atual patamar da ação, próximo dos R$ 21, é justo, uma vez que sua recomendação para o papel é neutra, com preço-alvo de R$ 23.

“A operação não estava totalmente precificada, tanto é que o papel subiu. Mas é possível que se essa alta se sustente por conta do cenário que estamos vivendo, de falta de visibilidade para o setor, com os casos de covid-19 aumentando, assim como as medidas de restrição também”, diz Meireles. “O papel já tinha subido muito desde que começaram os anúncios de vacina. Então não vemos muito mais potencial de valorização”, completa.

Já o Goldman Sachs avalia que a fusão das companhias poderia simplificar a governança corporativa da Gol e trazer sinergias para as operações e flexibilidade no desenvolvimento e oferta de produtos.

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“Temos classificação de compra na Gol, com metas de preço para GOLL4 de R$ 30 em 12 meses”, afirmam Bruno Amorim, Joao Frizo e Osmar Camilo, que assinam o relatório do Goldman. “Os principais riscos para nossa visão incluem preços do petróleo acima do esperado, desvalorização das moedas locais em relação ao dólar americano, menor demanda por viagens aéreas e competição irracional”, acrescentam.

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