Publicidade

Mercado

Com a inflação pressionada nos EUA, como ficam as bolsas globais?

Alta dos preços pode resultar em juros mais elevados, que tendem a fazer com que os ativos de risco sofram

Com a inflação pressionada nos EUA, como ficam as bolsas globais?
Dados sobre inflação nos EUA trouxeram preocupação aos analistas de mercado | Foto: Envato Elements
O que este conteúdo fez por você?
  • Dados do CPI dos EUA trouxeram preocupação para os analistas de mercado, principalmente em relação a investimentos de renda variável
  • Números indicam haver uma pressão muito grande em relação à inflação e talvez os juros norte-americanos não parem em 4,5%
  • Com juros mais altos, o investidor deve encarar uma forte volatilidade nas bolsas globais

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou na quinta-feira (13) o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Os dados causaram preocupação para os analistas de mercado, principalmente quando se olha para as carteiras de investimentos de renda variável.

Os números indicaram haver uma pressão muito grande em relação à inflação e que talvez os juros norte-americanos não parem em 4,5%, como alguns especialistas estimavam.

E com juros mais altos, o investidor deve encarar uma forte volatilidade nas bolsas globais, com destaque para Europa e Ásia, afirma Acilio Marinello, coordenador do MBA em Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Essas bolsas internacionais (Europa e Ásia) serão impactadas devido ao maior risco de recessão por decorrência das pressões inflacionárias, agravadas pela crise energética no continente europeu, além das novas ofensivas russas no conflito contra a Ucrânia”.

Já no Brasil, os BDRs e produtos lastreados no câmbio devem encarar turbulências nas próximas semanas, diz o coordenador do MBA da Trevisan.

Dessa forma, a recomendação de Jennie Li, estrategista de Ações da XP, é de não tomar muito risco neste momento porque os juros mais altos fazem com que os ativos de risco sofram.

Marinello sugere também uma cautela e a busca por diversificação com produtos prefixados e renda-fixa para diluir os riscos da carteira. Os produtos financeiros prefixados são conhecidos por serem blindados à volatilidade dos mercados internacionais. “Em épocas de alta incerteza, ancorar parte dos recursos em ativos com uma rentabilidade menor, mas previsível e segura, ajuda o investidor a enfrentar melhor a tormenta dos mercados globais, mitigando eventuais perdas do seu patrimônio”.

Publicidade

Carlos Macedo, especialista em alocação de investimentos da Warren, por sua vez, aponta que os fundos multimercados tem sido fundamentais para o balanceamento das carteiras. “Não somente pela flexibilidade dos produtos, mas também pelo posicionamento mediano atual com a compra de taxa de juro global e venda de ações norte-americanas”.

Impacto no mercado

Quando os dados foram anunciados, a reação do mercado foi de queda das ações. Na quinta-feira, o Ibovespa fechou com perdas de 0,46%, aos 114 mil pontos.

Já no exterior, os investidores reagiram negativamente aos dados de inflação piores do que o esperado nos EUA, gerando um efeito de baixa nas bolsas americanas, apesar da posterior recuperação no mesmo dia.

Publicidade

A inflação para o consumidor nos EUA em setembro teve um avanço de 0,4%, ante a expectativa de 0,2%. Já no acumulado de 12 meses, a desaceleração foi menos intensa do que o esperado, de 8,3% para 8,2%.

Os núcleos (que medem a evolução dos preços de bens e serviços, sem contar alimentos e energia) também subiram mais do que o esperado, diz André Coelho, analista da Ativa. Era aguardada uma aceleração de 6,3% para 6,5%, mas o índice atingiu 6,6% na comparação anual.

Vale destacar ainda que o impacto não se resume apenas à liquidez no mercado, mas interfere no custo de dívida das empresas com contratos e juros mais caros. “Com o passar do tempo, a corda vai apertando”, diz Vitor Miziara, sócio da Criteria Investimentos e colunista do E-Investidor.

Fernando Damasceno, estrategista de renda variável do ModalMais, diz ainda que “os dados mantêm as apostas de alta de juros em 0,75 ponto [em novembro]. A questão é onde os juros vão parar”. Lima sugere então que os investidores tenham um pouco de dólar na carteira, como proteção, e que diminuam a exposição em renda variável dos EUA no próximo ano.

Publicidade

Web Stories

Ver tudo
<
O que fazer para receber a restituição do IR antes?
Bitcoin a US$ 1 milhão? Entenda porque investidores acham isso possível
“É uma loucura”: entenda a ousada proposta de Trump para o bitcoin
Nota de “zero” Euro? Elas existem e há até uma brasileira
Conheça o substituto do ar-condicionado com consumo de energia até 5 vezes menor
Como evitar que as festas de final de ano arruínem seu planejamento de 2025
Economia doméstica: o que é e como usar no dia a dia para ter mais dinheiro
5 livros recomendados por Bill Gates para ler ainda em 2024
É possível antecipar o seguro-desemprego? Descubra
Se ninguém reivindicar, o governo leva: entenda o que é a herança vacante
Seu Bolsa Família atrasou? Descubra o que fazer
Este truque simples pode te fazer economizar definitivamente em 2025
>