O Itaú (ITUB4) atravessa um momento operacional sólido, com potencial para manter uma rentabilidade, medida pelo Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE, na sigla em inglês), elevada ao longo de 2025, o que deve resultar em um pagamento generoso de dividendos, dizem os analistas da Genial Investimentos em relatório publicado na quarta-feira (4).
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“Há, inclusive, possibilidade de uma leve expansão de ROE, impulsionada pelo pagamento qextraordinário de dividendos esperado para o primeiro trimestre de 2025, o que, segundo nossas projeções, resultaria em um crescimento de lucro na casa de dois dígitos baixos (próximo a 10%) em 2025”, dizem Eduardo Nishio, Henrique Alhante, Felipe Oller, Luis Degaspari e Luis Assis, que assinam o relatório da Genial Investimentos.
As estimativas são feitas após os analistas se reunirem com Gustavo Rodrigues, Head de RI do Itaú, e Pedro Manzano, também integrante do RI do banco. Os especialistas comentam que, no curto prazo, esperam uma melhora na qualidade da carteira de crédito da pessoa física, o que tende a fazer o banco crescer na linha de cartões do Itaú e em outras com maior taxa.
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“Com a inadimplência sob controle, o custo de crédito deve crescer em um ritmo mais lento do que a expansão da carteira de crédito, que tem projeção de ultrapassar 10% em 2025”, afirmam Nishio e sua equipe.
Quanto o Itaú deve pagar em dividendos?
Os analistas estimam que os dividendos do Itaú devem ficar atrativos na divulgação do balanço do quarto trimestre de 2024. Os especialistas estimam um dividend yield do Itaú (rendimento em dividendos) de 6,4% somente para o quarto trimestre de 2024.
Segundo eles, o Itaú vai usar a estratégia de maximização de JCP ao longo dos trimestres para otimizar benefícios fiscais. O banco acumula uma substancial reserva de capital excedente, significativamente acima do capital principal mínimo requerido de 7%. No entanto, os analistas da Genial acreditam que o Itaú deve manter uma fatia adicional de capital para se precaver contra potenciais mudanças regulatórias e macroeconômicas.
“Com isso, o capital principal após o pagamento dos dividendos do Itaú deve ser elevado para 12,5%. Essa posição confortável permite a possibilidade de uma interessante distribuição extraordinária de dividendos, que deverá ser anunciada juntamente com os resultados do quarto trimestre de 2024, no primeiro trimestre de 2025”, explicam os analistas.
O capital do banco vem da parte do lucro que não é reinvestida nele. Nesse caso, a companhia decide de usa esse excedente para conceder em novos empréstimos ou se distribui parte desse capital em dividendos. Na visão da Genial, o Itaú deve distribuir o excedente, algo que também já foi reafirmado pelo CEO da companhia, Milton Maluhy Filho.
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Ainda de acordo com os especialistas, o pagamento expressivo de dividendos pelo Itaú tende a reduzir a base de ativos rentáveis, o que pode gerar pressão sobre a margem financeira líquida no primeiro trimestre de 2025. Em contrapartida, eles lembram que a diminuição do capital disponível deve impulsionar o ROE.
Desse modo, a Genial Investimentos tem recomendação de compra para o Itaú (ITUB4) com preço-alvo de R$ 40,60 para os próximos 12 meses, uma alta de 24,2% na comparação com o fechamento de quarta-feira (5), quando a ação encerrou o pregão a R$ 32,68.