- A gestora Titanium Asset foi afastada judicialmente, de forma temporária, da gestão dos fundos Structure, Cripto Access e Galaxy
- Os três fundos também tiveram suas movimentações bloqueadas, incluindo resgates de investimentos e liquidação das cotas
- O afastamento da Titanium Asset e bloqueio das movimentações nos fundos veio na esteira de uma operação da Polícia Federal deflagrada na terça-feira
A gestora Titanium Asset foi afastada judicialmente, de forma temporária, da gestão dos fundos Structure, Cripto Access e Galaxy, de acordo com fato relevante da Vórtx Distribuidora, que administra os produtos.
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Os três fundos também tiveram suas movimentações bloqueadas, incluindo resgates de investimentos e liquidação das cotas. A Justiça também determinou que a administradora terá de atuar como gestora das carteiras dos fundos de criptomoedas mencionados.
O afastamento da Titanium Asset e bloqueio das movimentações nos fundos veio na esteira de uma operação da Polícia Federal deflagrada na terça-feira (28), para desarticular uma suposta pirâmide financeira.
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A alegação da Polícia Federal é o grupo investigado teria utilizado a estrutura de instituições financeiras em um esquema de arbitragem envolvendo criptomoedas.
Procurada pelo E-Investidor, a Titanium Asset ainda não se posicionou sobre o ocorrido.
Como funcionam esses fundo?
O Structure se apresentava como um fundo multimercado especializado no mercado de arbitragens de criptomoedas, e era oferecido apenas para investidores qualificados. De acordo com o próprio site da Vórtx, o Structure rendeu cerca de 42,36% aos seus cotistas desde 2021.
Já o Cripto Access era um fundo que investia, no máximo, 20% de seu patrimônio no Structure, mencionado acima, e o restante em títulos de renda fixa, permitindo que ele fosse oferecido aos investidores de varejo. O fundo teve retorno negativo desde 2021, de – 3,96%
O Galaxy, por sua vez, é composto por criptoativos, como bitcoin e ether, e projetos de ativos do setor, como stablecoins, DeFi, tokens fungíveis e NFTs. Ele tem o pior desempenho dos três desde 2021, uma desvalorização de – 59,57% no período.
A operação da PF
A PF afirma que foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, 11 medidas cautelares diversas da prisão, contra 12 pessoas físicas e mais de 50 empresas.
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A operação da Polícia Federal, chamada Ouranós, determinou o bloqueio e sequestro de aproximadamente R$ 400 milhões em bens, sendo 473 imóveis, 10 embarcações, uma aeronave, 40 veículos de luxo e alto luxo, mais de 111 contas bancárias, além de três fundos de investimento.
Os mandados foram cumpridos em Balneário Camboriú (SC), Palhoça (SC), Porto Alegre, Curitiba e São Paulo,a na região da Faria Lima.