- A Vale (VALE3) deve registrar um lucro líquido de US$ 2,658 bilhões no segundo trimestre deste ano
- É o que apontam as projeções do Bank of America (BofA) obtidas pelo Broadcast
- A recuperação é fruto de uma forte retomada no volume de vendas em um período de menos chuvas
A Vale (VALE3) deve registrar um lucro líquido de US$ 2,658 bilhões no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 45% ante o resultado de US$ 1,837 bilhão observado no primeiro trimestre. É o que apontam as projeções do Bank of America (BofA) obtidas pelo Broadcast. Nesta quarta-feira (05), os papéis da mineradora fecharam o pregão em baixa de 0,88% cotados a R$ 65,32, após oscilarem entre máxima a R$ 65,86 e mínima a R$ 65,01.
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A recuperação é fruto de uma forte retomada no volume de vendas após os resultados sazonalmente piores observados nos três primeiros meses do ano com a estação chuvosa. Dessa forma, a desvalorização do minério de ferro entre abril e junho, de US$ 125 por tonelada para US$ 111, não prejudicou a companhia.
“Os volumes mais fortes mais que compensam os preços mais baixos no trimestre e levam a receita da Vale a uma alta sequencial”, aponta o relatório. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro líquido de US$ 2,658 bilhões representa uma queda de 35%.
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O BofA reiterou ainda sua recomendação neutra para as ações e ADRs (ativos que permitem que empresas brasileiras sejam negociadas nas bolsas dos Estados Unidos) de Vale, com preços-alvo de R$ 75,00 e de US$ 15,00, respectivamente. A ação foi a mais recomendada para o mês de julho entre as corretoras ouvidas pelo E-Investidor.
Já em relação às receitas, o BofA estima um resultado de US$ 9,596 bilhões no segundo trimestre, cifra 14% maior que a do primeiro trimestre, mas 14% menor que a do mesmo período de 2022. A projeção se baseia no crescimento do volume de vendas de minério de ferro de 72Mt no trimestre, após as chuvas que se abateram sobre o Terminal de Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão, entre janeiro e março, prejudicando os embarques e a composição de produtos da mineradora.
O relatório apontou ainda fatores que podem impactar a Vale. Entre eles, a valorização do real e do dólar canadense, sem aumento no preço dos metais, sendo que 80% dos custos da empresa são pagos nas moedas citadas. As maiores taxas de frete também podem afetar a mineradora, reduzindo a sua competitividade na China.
*Com informações do Broadcast