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- Em pronunciamento, Luiza Barsi afirmou que a recuperação judicial era uma recomendação antiga dele que busca reestruturar a empresa para voltar a dar bons resultados
- As ações da Paranapanema (PMAM3) mergulham em uma desvalorização de 20% na tarde desta quinta-feira (1)
- Segundo a empresa, a medida busca restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro da companhia com o objetivo de honrar seus compromissos com os stakeholders
Luiz Barsi, maior investidor individual da B3, se pronunciou na tarde desta quinta-feira (1) sobre a sua posição na Paranapanema, que entrou nesta quarta-feira (3) com um pedido de recuperação judicial. O megainvestidor afirmou que desde 2020 defendia que a companhia entrasse com pedido de recuperação judicial para encontrar o caminho dos resultados positivos. Na tarde de hoje, os papéis da produtora de cobre mergulham em queda na casa dos 23%.
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“Lamentavelmente, a Paranapanema teve que escolher essa medida porque, provavelmente, era o que faltava para o barco não afundar”, afirmou Barsi em pronunciamento. “A recuperação judicial não é um bicho de sete cabeças com prenúncio de falência”, acrescentou.
As ações da Paranapanema (PMAM3), assim como os papéis do IRB BRASIL (IRBR3), fazem parte das apostas de Luiz Barsi no longo prazo. No entanto, no fim de 2019, com a mudança de gestão, a Paranapanema voltou a apresentar fragilidades nos seus desempenhos operacionais e a adotar outras políticas.
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“Essa (a recuperação judicial) era a nossa recomendação desde 2020. A nossa orientação não foi ouvida. Então, o que fizemos em 2022: aumentamos a nossa posição (para 5%) para ser relevante suficiente para entrarmos na gestão”, disse Louise Barsi, sócia-fundadora da Ações Garantem Futuro (AGF) e filha de Luiz Barsi.
Os papéis da companhia já vinham em um movimento de constante queda. Na tarde desta quinta-feira (1), por volta das 15h, as ações sofriam uma desvalorização de 23,45%, cotadas a R$ 4,5. No mês de novembro, após o pregão do dia 4, quando a ação apresentou uma alta de 8%, os papéis passaram a registrar mais quedas do que ganhos. A maior desvalorização desde então foi registrada no dia 9 de novembro, quando sofreram uma desvalorização de 3,6%. Já no acumulado do ano, as perdas chegam a 53,22%.
O pedido de recuperação judicial foi anunciado nesta quarta-feira por meio de fato relevante. Segundo a companhia, a medida visa restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro e honrar os compromissos com investidores “depois de registrar dificuldades de crédito junto a fornecedores de matérias primas e insumos e de enfrentar um incidente na planta da Caraíba Metais, em Dias d’Ávila (BA)”. O processo de recuperação será conduzido pela Íntegra Associados, consultoria de mercado especializada em reestruturação de empresas.
Veja pronunciamento completo de Luiz Barsi sobre a recuperação judicial da Paranapanema (PMAM3)
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