- A estratégia de investimento praticada por Luiz Barsi para lucrar será ensinada em um MBA de Value Investing
- O curso, reconhecido pelo MEC, promete ensinar essa filosofia de investimento em 18 meses para quem tem interesse em viver de renda ou trabalhar como analista de investimentos em gestoras, casas de research, corretoras ou bancos
- À frente do MBA está Louise Barsi, filha de Luiz Barsi, analista CNPI e fundadora do Ações Garantem Futuro, empresa de educação digital que se uniu ao Grupo Primo para criar o programa com aulas 100% digitais e divididas em 18 módulos. Veja os detalhes
A estratégia de investimento praticada por Luiz Barsi para lucrar mudou o mercado acionário. Inspirada em Warren Buffett e Benjamin Graham, um dos mais influentes investidores da história, a estratégia de value investing – compra de boas ações negociadas abaixo do seu valor que tendem a valorizar no longo prazo – se tornou a fonte de riqueza do maior investidor individual da bolsa brasileira.
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A partir das 9 horas da segunda-feira, dia 1 de agosto, cerca de 250 mil pessoas devem acompanhar uma aula inaugural gratuita que marca o lançamento oficial do ‘MBA Barsi’.
O curso, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), promete ensinar essa filosofia de investimento em 18 meses para quem tem interesse em viver de renda ou trabalhar como analista de investimentos em gestoras, casas de research, corretoras ou bancos.
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À frente do MBA está Louise Barsi, filha de Luiz Barsi, analista CNPI e fundadora do Ações Garantem Futuro (AGF), empresa de educação digital que se uniu ao Grupo Primo para criar o programa de Value Investing. A empresária, Barsi e os sócios Fábio Baroni e Felipe Ruiz fazem parte do time de especialistas que vão ministrar as aulas 100% digitais e divididas em 18 módulos.
Eles investiram mais de seis meses e desembolsaram sete dígitos para desenvolver o projeto. A união de forças com o Primo consiste em aproveitar a tecnologia de ponta que o grupo já utiliza em outros projetos: câmeras digitais com qualidade 4k para gravar as aulas, edição profissional e uma produção que salta aos olhos.
“Nossa intenção não é ser só mais um MBA. Queremos formar analistas profissionais de ações e trabalhar o conteúdo programático visando desenvolver as competências de value investors”, diz a sócia da AGF. “Não existe uma especialização no Brasil com essa proposta e chegamos para preencher essa lacuna.”
Nesta entrevista exclusiva ao E-Investidor, Louise também detalha o que as pessoas podem esperar do curso, sua percepção sobre educação financeira no Brasil e a importância de aprender a investir com acadêmicos e personalidades qualificadas do mercado.
Sobre o MBA Barsi
Durante a entrevista no escritório da AGF no centro da cidade de São Paulo, os três sócios compartilham que a principal inspiração do conteúdo veio de uma das melhores instituições de ensino superior do mundo, a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. “O aluno vai ter um programa nível Columbia, mas adaptado para a realidade local do nosso mercado”, diz Louise.
As inscrições poderão ser feitas a partir do dia 8 de agosto após a chamada “Aula Magna” para que os interessados possam fazer um test-drive no MBA. Serão 4 aulas on-line e gratuitas que já contarão com a presença de Luiz Barsi. A primeira aula efetiva está agendada para o dia 22 de agosto.
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Além dos ensinamentos ao vivo com o maior investidor pessoa física do País, os alunos também terão imersão teórica com acadêmicos e investidores bilionários convidados. Nomes como Lírio Parisotto e Dório Ferman estão no radar para ministrar parte dos módulos.
“Fizemos questão de procurar professores que nós tivemos aulas porque assim temos a certeza que eles têm a didática necessária. São pessoas que me ajudaram a chegar onde estou hoje”, diz Louise.
Educação financeira no Brasil
Na opinião dos sócios da AGF, os brasileiros buscam cada vez mais informação relacionada a educação financeira. A inflação, segundo Louise, motivou a procura. “As pessoas entenderam que precisavam buscar novas fontes de renda para conseguir ir ao supermercado, se divertir, fazer planos de longo prazo e ainda investir. A população está rebolando para conseguir conciliar tudo”, diz.
Essa necessidade impulsionou a entrada de influenciadores digitais de finanças, que já somam quase 100 milhões de seguidores nas redes sociais, segundo o relatório Finfluence, da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
No Brasil, esse mercado é ainda mais fértil: um estudo da plataforma de cupons CupomValido, com dados da Statista e da HootSuite, mostra que ocupamos o primeiro lugar no ranking mundial em que influencers são relevantes nas decisões de compra. De acordo com o levantamento, 43% dos brasileiros já compraram algo por indicação de um influencer.
Mas a popularidade do grupo também acende um alerta de preocupação sobre a qualidade e teor dos conteúdos. “Passamos por um ‘boom’ de finanças nas redes sociais, com muitas pessoas querendo vender cursos sem ter a experiência necessária”, diz a empresária. “Há quem acompanhe o mercado há somente dois anos, faturou alguma coisa e acha que já tem conhecimento suficiente para passar adiante.”
O value investing faz sentido?
A tradicional filosofia de ‘investimento de valor’ é estudada desde 1930, mas fez a fortuna de grandes investidores em anos recentes, como Barsi e Buffett. Questionei sobre a relevância da estratégia nos dias de hoje para dois especialistas: Eduardo Mira, analista CNPI, especialista em renda variável da Me Poupe e colunista do E-Investidor, e William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
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“O value investing continua extremamente válido. O ideal dessa filosofia é encontrar uma empresa com R$ 100 milhões em caixa, sem dívidas e que pudesse ser comprada por R$ 50 milhões”, diz Eid. “Ou seja, é comprar algo com um valor intrínseco.”
Mira concorda com o professor e diz que o método faz sentido para minimizar a descorrelação entre preço e valor de um ativo. “A estratégia define o valor de uma empresa. Portanto, ao olhar o preço da ação, é possível saber se o investidor vai comprar um ativo bom e barato ou algo ruim”, diz o analista. “O investimento de valor sempre vai fazer sentido, já que ele não avalia somente cotação que está no home broker, mas a capacidade de geração de retorno das empresas.”