Mercado

Marfrig, JBS, Minuano e Agro têm frigoríficos vetados de exportar para a China

Plantas estão impedidas temporariamente de exportar para o país asiático

(Paulo Whitaker/ Reuters)
  • Atividades foram paralisadas em um frigorífico de cada empresa por causa do coronavírus
  • Plantas de Marfrig, Minuano e Agra tiveram plantas vetadas pelo governo chinês
  • Unidade da JBS Aves foi vetada pelo governo brasileiro

(Isadora Duarte, Estadão Conteúdo) – Os quatro frigoríficos que estão impedidos de exportar temporariamente para a China são das empresas Marfrig, Minuano, Agra e JBS, conforme documentação disponível no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura. As três primeiras unidades tiveram comercialização suspensa pelo governo chinês, enquanto a unidade da JBS Aves foi vetada pelo governo brasileiro, conforme informou o Ministério da Agricultura na segunda-feira (29).

A planta vetada da JBS Aves está em Passo Fundo (RS), que teve as atividades paralisadas pela ocorrência de surtos do novo coronavírus entre seus funcionários. Também fica no Rio Grande do Sul a planta de aves da Companhia Minuano de Alimentos fica, em Lajeado. A Marfrig Global Foods S.A teve vetada a planta de bovinos de Várzea Grande (MT). E a Agra Agroindustrial de Alimentos S/A teve exportação suspensa da unidade de Rondonópolis (MT).

A suspensão dos abatedouros da Marfrig e Minuano foi publicada ontem no sistema do SIF, enquanto a da JBS foi publicada na última sexta-feira (26) e da Agra consta como registrada na última terça-feira (23).

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

A necessidade de aumentar o controle sanitário em decorrência da covid-19 é o motivo alegado extra-oficialmente pelo governo chinês para a suspensão temporária das plantas brasileiras. O Ministério da Agricultura disse, em nota, que “não foram apresentados formalmente os motivos das suspensões”, que buscará junto ao Departamento de Alfândegas da China “as razões da suspensão dos três estabelecimentos e que, ao mesmo tempo, iniciou negociações para que as suspensões possam ser levantadas”.

Álvaro Villa, economista da Messem Investimentos, avalia que a notícia não é positiva para os frigoríficos, porém ela já era esperada e não deve prejudicar as ações das empresas. “O mercado já precificou isso e a notícia está ficando em segundo plano”, diz Villa.

Dessa forma, ele ressalta que o veto é temporário e não deve demorar muito para ser derrubado. “A carne é uma forma que espalha muita doença é natural que tenha esse movimento pelo medo da segunda onda”.

Às 14h desta quinta-feira (2), o papel da JBS (JBSS3) tinha alta de 0,29% e a da Marfrig (MRFG3) baixa de 0,57%. Na mesma hora, o Ibovespa estava em alta de 0,27%, aos 96.574,20 pontos.