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- ccrescimento do PIB impulsiona resultado positivo do Ibovespa na semana
- O índice terminou o período em alta de 1,8%, passando de 115408,52 pontos para 117.919,01 pontos
O Ibovespa subiu 1,8% na semana, passando de 115.837,2 pontos para 117.919,01 pontos. Neste período de cinco pregões, o mercado financeiro foi impactado pelo anúncio de crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores. O resultado mostra, no entanto, uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano.
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De acordo com o CEO da Transferbank, Luiz Felipe Bazzo, o dado do PIB ajuda a fortalecer o real, ao indicar um entusiasmo maior do que o esperado na economia brasileira, a confiança dos investidores do mercado financeiro com bom desempenho dos ativos domésticos e a atração de novos investimentos.
“Apesar da política contracionista, o crescimento da economia tem sido sustentado pela renda, não apenas pelos programas de transferência do governo como também pelo mercado de trabalho, que vem surpreendendo positivamente”, diz.
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Bezzo destaca ainda que a inflação mais controlada e a atividade econômica um pouco mais fraca abre margem para redução mais intensa da taxa básica de juros, a Selic. “Já havia previsão de que um corte de 0,75 ponto porcentual possa ser feito, mas com o PIB mais forte dificilmente vamos ver essa aceleração na queda da taxa de juros”.
Além disso, avalia Bezzo, o dólar segue sofrendo os impactos das expectativas em relação às taxas de juros nos Estados Unidos, com o mercado de olho nas indicações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre os próximos passos na condução da política monetária.
O dólar e o euro subiram 1,33% e 1,08% frente ao real na semana, atingindo os R$ 4,94 e R$ 5,32, respectivamente.
Em Nova York, na semana, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 2,5%, 1,43%, 3,25%, respectivamente.
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As três ações que mais valorizaram na semana foram Marfrig (MRFG3), CVC (CVCB3) e Vale (VALE3).
Marfrig (MRFG3): 14,31%, R$ 7,43
No dia no que foi anunciada a negociação de 16 plantas de bovinos e ovinos da Marfrig na América do Sul por R$ 7,5 bilhões para a Minerva (BEEF3), o mercado avaliou que a companhia conseguirá focar melhor em mercados com margens mais elevadas, com o norte-americano. O Citi e o Itaú BBA destacam que o acordo vai em direção à estratégia da Marfrig de consolidar uma mudança no mix de seu portfólio para uma categoria de maior valor agregado.
As ações da Marfrig acumulam desvalorização de 14,1% no ano.
CVC (CVCB3): 14,1%, R$ 2,59
Há dois pontos que explicam a alta da ação nesta sexta-feira e que explica também o desempenho da companhia na semana: “Hoje é um dia em que investidores estão com maior apetite a risco para ativos ligados à atividade doméstica e a empresa ainda está sendo favorecida pelo pedido de recuperação judicial da 123milhas“, explica o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, em entrevista ao Broadcast.
O recuo da moeda americana também fornece impulso adicional para os papéis da empresa de turismo, segundo ele.
A CVC acumula uma desvalorização de 42,32% em 2023.
Vale (VALE3): 10,99%, R$ 68,89
A empresa lidera os ganhos do setor de mineração e siderurgia apoiada pela decisão do JPMorgan de elevar a recomendação de neutro para overweight (equivalente a compra), destacando que a mineradora já se desvalorizou 27% em 2023 e que o governo chinês lançou um estímulo adicional para o setor imobiliário “da noite para o dia”.
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A Vale acumula uma desvalorização de 18,77% no ano.
*Com Broadcast conteúdo