O Ibovespa terminou janeiro com uma alta acumulada de 4,86% no mês, enquanto o Índice de Dividendos da B3 (IDIV) encerrou o período com uma valorização de 3,5%. Para fevereiro, analistas recomendam o investimento em empresas que são boas pagadoras de proventos, como forma de garantir maior previsibilidade nos rendimentos.
O começo de 2025 foi marcado pela posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Em seu novo mandato, o republicano tem se mostrado mais contido do que se temia em relação à política tarifária, o que ajudou a melhorar os ânimos dos mercados – embora nesta segunda (3) a imposição de tarifas ao Canadá e à China e um acordo para adiar a taxação de importados vindos do México tenham voltado ao noticiário. Já no Brasil, a primeira decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) com Gabriel Galípolo à frente do Banco Central agradou os investidores, que gostaram do tom do comunicado adotado pelo órgão.
Na avaliação da Empiricus, apesar de não ter ocorrido uma melhora relevante de fundamentos em janeiro na Bolsa brasileira – afinal, o problema fiscal continua sem solução –, o Ibovespa apresentou um bom desempenho. “Essa dinâmica é típica de ambientes em que o mercado assume premissas demasiadamente pessimistas, e qualquer notícia menos negativa que a esperada já é motivo de alívio”, ressalta em relatório.
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A corretora pondera, no entanto, que o ano de 2025 ainda deve ser muito desafiador. Em um cenário como esse, a preferência recai sobre ações de empresas sólidas, geradoras de caixa, que estejam descontadas e que paguem bons dividendos.
A ação “queridinha” para receber dividendos
O E-Investidor consultou as carteiras recomendadas com foco em proventos de dez corretoras e bancos para fevereiro. Quem liderou as recomendações dos analistas foram as ações do Itaú (ITUB4), com cinco menções no total, apoiadas nos bons resultados apresentados pelo banco nos últimos meses.
A empresa deve reportar o seu balanço do quarto trimestre de 2024 na quarta-feira (5). Segundo a Ágora Investimentos, o Itaú pode registrar um lucro líquido de R$ 10,8 bilhões no período. Outro fator que está no radar é a possibilidade de pagamento dos aguardados dividendos extraordinários – já prometidos pelo CEO do banco, Milton Maluhy Filho. Para o BTG Pactual, a companhia está operando com excesso de capital, o que deve se traduzir em proventos maiores à frente.
Outros quatro papéis se destacam nas carteiras de bancos e corretoras para este mês. São eles: Copel (CPLE6), Telefônica Brasil (VIVT3), Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR4), cada um com quatro citações.
Para o Itaú BBA, que adicionou os papéis da Copel em seu portfólio focado em dividendos, a empresa é como um “porto seguro” no setor de energia elétrica, com baixo risco de execução, catalisadores positivos de curto prazo e valuation atrativo. “A empresa possui um dos balanços mais desalavancados no setor de energia, portanto deve ter a sua linha de resultados financeiros menos afetada pelo patamar elevado de juros”, ressalta o banco.
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Já a Telefônica Brasil, outra ação que se destaca nas recomendações, deve ter ganhos pontuais, com reversões de provisões e vendas de ativos, na visão da Ágora. “Esses fatores podem adicionar aproximadamente R$ 1 bilhão â nossa estimativa de lucro líquido para 2025, elevando o rendimento de dividendos da empresa para algo próximo de 10%, além de ganhos significativos adicionais com a venda de ativos nos anos seguintes”, reforça o time da corretora.
Também presente na lista de preferências, o Banco do Brasil é uma das escolhas do BTG para quem quer ganhar dividendos. Com os lucros evoluindo acima das estimativas e o impacto do capital sendo diluído, o desempenho da ação parece ter melhorado mais cedo e mais rápido do que o esperado pela casa. “Negociando a 4,0x P/L (preço/lucro) para 2025 com um dividend yield (rendimento de dividendos) de 11,4%, reiteramos nossa preferência pelo Itaú e BB em vez do Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4) entre os bancos tradicionais”, afirma o BTG.
Por fim, a Petrobras é outra que se destaca nas recomendações, tendo sido adicionada na carteira de dividendos de fevereiro do Itaú BBA. “Gostamos das ações da Petrobras nesse momento, uma vez que a companhia oferece uma combinação sólida de fundamentos e governança corporativa aprimorada. Além disso, a empresa deve apresentar mais um ano de geração de caixa forte, o que deve sustentar a continuidade de bons pagamentos de dividendos – esperamos um dividend yield de cerca de 15% em 2025″, diz o banco.
Ágora Investimentos
A Ágora realizou duas alterações na composição do portfólio para fevereiro. A corretora retirou as ações da Cemig (CMIG4) e da Gerdau (GGBR4), incluindo os papéis da CPFL (CPFE3) e da Copasa (CSMG3). As trocas buscam aumentar o dividend yield (rendimento de dividendos) potencial da carteira.
Ações |
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BB Seguridade (BBSE3) |
CPFL (CPFE3) |
Copasa (CSMG3) |
Itaú (ITUB4) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
BB Investimentos
Para o trimestre que se iniciou em dezembro de 2024 e que vai até o fechamento de fevereiro de 2025, a carteira de dividendos do BB é composta por:
Ações |
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Cemig (CMIG4) |
CPFL Energia (CPFE3) |
Cury (CURY3) |
Isa Cteep (ISAE4) |
JBS (JBSS3) |
Petrobras (PETR4) |
Taesa (TAEE11) |
Tim (TIMS3) |
Vale (VALE3) |
Vibra (VBBR3) |
BTG Pactual
O BTG Pactual fez uma mudança na composição de sua carteira de dividendos para fevereiro. O banco retirou as ações da Gerdau (GGBR4) para dar lugar aos papéis da Equatorial (EQTL3).
Ações |
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Petrobras (PETR4) |
Itaú (ITUB4) |
Vale (VALE3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Eletrobras (ELET6) |
JBS (JBSS3) |
Equatorial (EQTL3) |
Tim (TIMS3) |
Klabin (KLBN11) |
Copel (CPLE6) |
Marcopolo (POMO4) |
Direcional (DIRR3) |
Empiricus
A mudança proposta para o mês é a retirada da Telefônica Brasil (VIVT3), com a entrada da Gerdau (GGBR4).
Ações |
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Itaú (ITUB4) |
Eletrobras (ELET6) |
Gerdau (GGBR4) |
Porto Seguro (PSSA3) |
B3 (B3SA3) |
Genial Investimentos
Em relação ao mês de janeiro, saíram as ações da Porto Seguro (PSSA3), Taesa (TAEE11) e Petrobras (PETR4), com inclusão dos papéis da B3 (B3SA3), Caixa Seguridade (CXSE3) e Unipar (UNIP6).
Ações |
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B3 (B3SA3) |
Caixa Seguridade (CXSE3) |
Unipar (UNIP6) |
Direcional (DIRR3) |
JBS (JBSS3) |
Itaú BBA
O Itaú BBA fez duas trocas em sua carteira recomendada de dividendos para fevereiro. A casa retirou as ações da Marcopolo (POMO4) e Klabin (KLBN11), incluindo, no lugar, os papéis da Petrobras (PETR4) e Copel (CPLE6).
Ações |
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Copel (CPLE6) |
Isa Cteep (ISAE4) |
Petrobras (PETR4) |
Direcional (DIRR3) |
Aura Minerals (AURA33) |
PagBank
Para fevereiro, o PagBank realizou uma alteração em sua carteira recomendada. O banco incluiu as ações da Isa Cteep (ISAE4) e retirou os papéis da Copel (CPLE6).
Ações |
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Cemig (CMIG4) |
BB Seguridade (BBSE3) |
Isa Cteep (ISAE4) |
Itaú (ITUB4) |
Petrobras (PETR4) |
Planner
A Planner fez duas alterações em sua carteira recomendada de dividendos para fevereiro. A corretora retirou as ações da Caixa Seguridade (CXSE3) e da Taesa (TAEE11), acrescentado os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) e da Engie (EGIE3).
Ações |
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BB Seguridade (BBSE3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Copasa (CSMG3) |
Engie (EGIE3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Santander
O Santander fez uma modificação em sua carteira de dividendos para fevereiro. O banco colocou as ações da CPFL (CPFE3) no lugar dos papéis da Alupar (ALUP11).
Ações |
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B3 (B3SA3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Copel (CPLE6) |
CPFL (CPFE3) |
Cury (CURY3) |
Itaú (ITUB4) |
Petrobras (PETR3) |
Porto Seguro (PSSA3) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Vale (VALE3) |
Terra Investimentos
A Terra Investimentos não fez nenhuma mudança em sua carteira recomendada de dividendos para fevereiro.
Ações |
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Itaúsa (ITSA4) |
Telefônica Brasil (VIVT3) |
Bradespar (BRAP4) |
Copel (CPLE6) |
Banco do Brasil (BBAS3) |