O Safra publicou um relatório atualizando as estimativas para as empresas da construção civil, para incorporar um custo mais alto de capital no novo contexto macroeconômico de alta de juros em 2025. O segmento preferido é o de baixa renda, que deve continuar a ser beneficiado do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
“A inflação na construção levantou alguns sinais de alerta, mas continuamos confiantes na capacidade das construtoras de sustentar níveis saudáveis de margem bruta. Quaisquer surpresas de custos podem ser mitigadas através de aumentos de preços, embora ainda esperemos um crescimento sólido dos lucros, mesmo sob níveis de margem bruta deteriorados”, diz o documento.
Em um ano difícil para os mercados brasileiros, a avaliação do banco é que investidores provavelmente vão preferir histórias mais estabelecidas, com lucros consistentes. O valuation deve ficar em segundo plano ns decisões de investimento. As três preferências do Safra no setor são: a Cury (CURY3), dados os níveis de margem bruta e conversão de caixa mais fortes da empresa, o que deve dar suporte a maiores pagamentos de dividendos; a Cyrela (CYRE3), uma operação “impecável” e ações sendo negociadas perto do nível mais baixo de todos os tempos; e Direcional (DIRR3), frente à “excelente execução da empresa” e boas perspectivas de dividendos.
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O Safra também reiterou as recomendações de outperform, equivalente a compra, para as ações da Plano & Plano (PLPL3), Tenda (TEND3), Lavvi (LAVV3) e Moura Dubeux (MDNE3).
Na ponta negativa, o banco rebaixou duas ações da MRV (MRVE3) e da Even (EVEN3) para neutra, mesma recomendação da Eztec (EZTC3). “As ações da MRV são negociadas a um prêmio de 13% em relação à média dos pares. Para Even, estamos mais na margem em relação aos resultados futuros da empresa. E mantemos Eztec como neutra, dados os níveis de estoque ainda elevados”, diz o Safra.