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- Em agosto, o principal índice da Bolsa brasileira fechou em queda acumulada de 2,48%
- No mês, Embraer (EMBR3), CPFL Energia (CPFE3), Braskem (BRKM5), Suzano (SUZB3) e Cemig (CMIG4) tiveram as maiores altas
- As maiores baixas ficaram com Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), Qualicorp (QUAL3), Ultrapar (UGPA3), Via (VIIA3) e Lojas Americanas (LAME4)
Mesmo com os números da vacinação chegando a um patamar satisfatório, o principal índice da Bolsa brasileira fechou agosto em queda acumulada de 2,48%, resultado da digestão de riscos político e fiscal no País.
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Apesar da queda ter sido menor que o mês anterior, quando a queda foi de 3,94%, agosto trouxe diversos desafios para o mercado. A projeção da inflação para o ano alcança 7,27%, de acordo com o Boletim Focus da última sexta-feira (27).
No mês, Embraer (EMBR3), CPFL Energia (CPFE3), Braskem (BRKM5), Suzano (SUZB3) e Cemig (CMIG4) registraram as maiores altas acumuladas, com 25,12%, 14,93%, 13,71% 13,08% e 12,23%, respectivamente.
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As maiores baixas ficaram com Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), Qualicorp (QUAL3), Ultrapar (UGPA3), Via (VIIA3) e Lojas Americanas (LAME4), os papéis caíram, 23,26%, 17,94%, 17,54%, 17,39%, e 16,93% no período, respectivamente.
Para o analista da Constância Investimentos Gustavo Akamine, as empresas de caráter defensivo foram os destaques do índice neste mês. “São aqueles papéis que, em um período de maior volatilidade, as pessoas começam a olhar com um pouco mais de segurança. Isso acontece por conta de alguns fatores como a força do domínio no setor e maior previsibilidade dos resultados”, afirma.
Segundo Akamine, Suzano, Porto Seguro, Totvs, Rede D’or e Tim são exemplos de empresas com perfil defensivo que figuraram entre o lado positivo do indicador. “O inverso também é verdade. Empresas de caráter cíclico caíram mais, principalmente aquelas que foram beneficiadas no período anterior, como o e-commerce”, diz.
Para o time de analistas da Inversa, o reflexo dos dados econômicos e o direcionamento da política monetária nacional e externa afetaram os resultados. Além disso, a temporada de balanços foi decisiva, seja para os maiores ganhos refletindo resultados aprovados pelos investidores ou pelos número abaixo das expectativas.
Confira o que influenciou o desempenho positivo dos ativos:
- Embraer (EMBR3): +25,12% R$ 23,26
Com os bons resultados do segundo trimestre, quando reportou lucro líquido de R$ 438 milhões, as ações da empresa saltaram mesmo com a queda no Ibovespa. Segundo João Abdouni, especialista de investimentos da Inversa, o cenário é resultado de uma mudança global das empresas. Segundo ele, as companhias aéreas estão seguindo a tendência de buscar aeronaves menores, o que fez o número de encomendas aumentar.
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No mês, a EMBR3 registrou seis altas consecutivas. O bom resultado deve continuar em 2022 e a expectativa é que a empresa entregue cerca de 45 aeronaves para aviação comercial e 95 aeronaves para aviação executiva no próximo ano. Só no primeiro semestre de 2021, a companhia já entregou 23 jatos comerciais e 33 executivos.
As ações crescem 162,82% no acumulado do ano.
- CPFL Energia (CPFL3): +14,93% R$ 29,10
Com lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, a empresa mostrou-se resiliente mesmo com o impacto da crise energética no País. As ações da CPFL sobem 14,93% e são cotadas a R$ 29,10.
Apesar da alta, as ações caem 5,76% no ano.
- Braskem (BRKM5): +13,71% R$ 65,67
A petroquímica apresentou bons resultados trimestrais, o que alavancou o resultado no mês, assim como os meses anteriores. Ao todo, em 2021, a empresa acumula mais de 178% de valorização. A BRKM5 sobe 13,71% e está precificada a R$ 65,67.
As ações crescem 178,62% no ano.
- Suzano (SUZB3): +13,08% R$ 61,14
A estabilidade do setor de papel e celulose teve destaque no período. Puxando as altas do setor, a SUZB3 acumula quatro semanas consecutivas de altas. As ações da companhia crescem 13,08% e estão cotadas a R$ 61,14.
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As ações sobem 4,44% no acumulado do ano.
- Cemig (CMIG4): +12,23% R$ 13,40
Com o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) demostrando interesses em privatizar hidrelétricas da Cemig, o mercado respondeu positivamente. Segundo Nicolas Merola, analista CNPI de ações e Fundos da Inversa, os investidores viram com bons olhos e seguem como as expectativa da proposta no radas. Os papéis da empresa mineira crescem 12,23%, cotados a R$ 13,40.
As ações crescem 9,21% no ano
Confira o que influenciou o desempenho negativo dos ativos:
- Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3): -23,26% R$ 34,90
A empresa siderúrgica mais impactada com a queda expressiva do minério de ferro durante o mês de agosto foi a CSN. Em agosto, a commodity chegou ao menor valor desde novembro de 2020. A CSNA3 cai 23,26 e é cotada a R$ 34,90.
As ações crescem 14,16% no ano.
- Qualicorp (QUAL3): -17,94% R$ 21,13
Um dos setores que se beneficiou positivamente durante a pandemia e hoje devolve resultados é o setor de seguros. Puxando a quedas do segmento, a Qualicorp cai 17,94%, com os papéis cotados a R$ 21,13.
As ações caem 34,68% no acumulado do ano.
- Ultrapar (UGPA3): -17,54% R$ 14,39
Com a venda das operações Oxiteno para focar no gás, a empresa fica mais dependente do setor de commodities, deixando-a mais volátil. As ações caem 17,54% e são precificadas a R$ 14,39.
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As ações caem 36,41% no ano.
- Via (VIIA3): -17,39% R$ 10,40
Para Akamine, analista da Constância Investimentos, as empreas que foram beneficiadas durante os meses de maior impacto da pandemia, como as de e-commerce, estão recurando com a reabertura. A VIIA3 cai 17,39% e é cotada a R$ 10,40.
As ações caem 35,64% no ano.
- Lojas Americanas (LAME4): -16,93% R$ 5,89
Ainda buscando recuperação após as mudanças corporativas de fusão entre a antiga B2W, atual Americanas SA, as ações das Lojas Americanas garante o segundo mês seguido no negativo, sendo o papel do Ibovespa que mais desvalorizou no acumulado de 2021. A LAME4 cai 16,93% e é cotada a R$ 5,89.
As ações caem 45,91% no ano.
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