A agenda econômica do primeiro dia útil de 2025 se inicia com o investidor focado em Índices de Gerentes de Compras (PMIs) do Brasil, dos Estados Unidos e da zona do euro. Por aqui, sai também o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) fechado de 2024, enquanto Gabriel Galípolo tem apenas despachos internos na presidência do Banco Central (BC), após a formalização de seu nome como presidente da autarquia. Além disso, as preocupações fiscais seguem no mercado financeiro hoje em meio a novos impasses, agora envolvendo emendas parlamentares.
Confira os 4 destaques do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
Os ativos internacionais iniciam 2025 em direções opostas. Em Nova York, os índices futuros de ações sobem, após as bolsas terem fechado em baixa em três pregões e antes da divulgação do PMI dos EUA.
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Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida americana), por sua vez, corrigem recentes ganhos, enquanto o dólar sobe ante rivais.
Na Europa, pesam os PMIs fracos da zona do euro, da Alemanha, Reino Unido e França, o que pode gerar incertezas sobre cortes de juros. Só o PMI francês despencou ao menor nível desde maio de 2020, em meio à crise política que impede a aprovação de um novo orçamento.
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Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa. Por lá, destaque para as ações chinesas, que apresentaram o pior primeiro dia do ano desde 2016, em meio ao PMI industrial da China. O dado elevou as preocupações sobre as perspectivas de expansão chinesa.
Salário Mínimo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) da terça-feira (31), o decreto que reajusta o salário mínimo para R$ 1.518 a partir de 1º janeiro de 2025. O valor foi confirmado na segunda-feira (31), pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Leia mais nesta matéria.
Commodities
O minério de ferro fechou em alta de 1,56%, cotado a 782 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 107,13 no mercado de Dalian, na China. Já o petróleo mostra alta em torno de 1,40%.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) avançavam 0,56% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h10 (de Brasília). Enquanto isso, os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,62%.
Mercado brasileiro
A valorização das commodities e dos índices futuros de ações em Nova York pode instigar alta do Ibovespa hoje no primeiro pregão de 2025, após o recuo de 10,36% em 2024, o pior desde 2021 (-11,93%).
Contudo, as preocupações fiscais seguem no radar em meio ao impasse sobre emendas parlamentares e podem pressionar não só a Bolsa, mas, principalmente, o dólar e os juros futuros.
No último dia do ano, o presidente Lula sancionou a lei complementar que cria reforços ao arcabouço fiscal, prevendo disparo de novos gatilhos para congelamento de gastos em caso de piora das contas públicas.
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O texto compõe o pacote fiscal proposto pela equipe econômica e aprovado pelo Congresso e também previa novas regras para contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares.
Ao mesmo tempo, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na quarta-feira (1º) o governo Lula a empenhar R$ 370 milhões em emendas de comissão apadrinhadas por senadores e deputados para garantir o gasto mínimo em saúde previsto na Constituição. A decisão atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e se deu no último dia da execução orçamentária de 2024, o que pode repercutir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast