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Mercado financeiro hoje: os 3 principais assuntos para o investidor ficar atento antes de investir nesta quarta-feira

Novos dados de inflação ditam o movimento nas bolsas hoje em meio à tração das commodities. Confira

Mercado financeiro hoje: os 3 principais assuntos para o investidor ficar atento antes de investir nesta quarta-feira
Painel com ações da bolsa japonesa e índice Nikkei. (Foto: VTT Studio em Adobe Stock)

A agenda econômica desta quarta-feira (11) traz a divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos em agosto, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI). No Brasil, o mercado financeiro hoje inicia o período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom), quando seus membros ficam proibidos de se manifestar sobre a conjuntura econômica. O Copom se reúne nas próximas terça (17) e quarta-feira (18) para definir a taxa Selic. O período de silêncio vai até a publicação da ata do encontro na terça-feira seguinte, dia 24.

A agenda hoje ainda acompanha o volume de serviços brasileiros do mês de julho. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona o projeto de lei que prorroga o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays (Padis) e cria o Programa Brasil Semicondutores (Brasil Semicon). Como antecipou o Broadcast, o evento também conta com o anúncio de investimentos do setor privado na área de transformação digital da indústria.

Confira os 3 assuntos em alta no mercado financeiro hoje

Bolsas internacionais

As bolsas internacionais operam sem direção única antes da divulgação do CPI americano. Os futuros de Nova York recuam enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) renovam mínimas após o debate entre a vice-presidente dos Estados Unidos e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o rival republicano, o ex-presidente Donald Trump.

O rendimento da T-Note (títulos emitidos pelo Departamento do Tesouro dos EUA) de 2 anos caiu nesta manhã ao menor nível desde setembro de 2022. A pesquisa da SSRS e da CNN mostrou que 63% dos eleitores consideraram Harris a vencedora do embate, contra 37% que favoreceram Trump.

Quanto ao índice de preços, o CPI dos EUA deve trazer ajustes nas apostas para o ciclo de corte de juros, mas não deve mudar a expectativa de corte de 25 pontos-base pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na semana que vem. O indicador deve desacelerar à taxa anual de 2,6% em agosto, segundo o Projeções Broadcast.

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O iene se fortaleceu ao maior nível frente ao dólar nesta madrugada após a dirigente Junko Nakagawa, do Banco do Japão (BoJ), reforçar que a autoridade monetária pretende seguir subindo juros se as condições econômicas evoluírem conforme o esperado.

No Reino Unido, a produção industrial recuou 0,8% em julho ante junho aquém do esperado por analistas, que previam alta de 0,3% no período.

Commodities

O petróleo dispara mais de 2% após o tombo de 4% da véspera. Já o minério de ferro fechou valorizado em 1,09% em Dalian, na China.

Mercado brasileiro

Apesar do tom negativo no mercado futuro das bolsas de Nova York, o Ibovespa pode ter um dia de ganhos, impulsionado pelas commodities. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,14% no pré-mercado em Nova York às 7h30.

A queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar a curva de juros, que reage também à pesquisa de serviços. A mediana do mercado indica estabilidade (0,0%) para o volume de serviços prestados em julho, na margem, após alta de 1,7% em junho. As estimativas variam de recuo de 1,8% a alta de 1,1%.

O governo federal não deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma prorrogação no prazo para que o Congresso Nacional e o Poder Executivo cheguem a uma solução consensual sobre a desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios, segundo apurou o Broadcast. O prazo, que já foi adiado uma vez, termina nesta quarta-feira. Caso a Câmara não aprove o projeto de lei até esta data, voltará a valer a decisão do ministro da Corte, Cristiano Zanin, que determinou a retomada da reoneração.

Já chamado de “confisco” e “pedalada”, o substitutivo do projeto de lei da reoneração da folha de pagamentos aprovado no Senado e agora debatido na Câmara, chegou ao Banco Central (BC) em um tom de alerta. A preocupação seria por causa de uma medida que trata dos recursos esquecidos em instituições financeiras privadas e públicas.

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Segundo lideranças da Câmara ouvidas pelo Broadcast, dúvidas jurídicas sobre esse trecho, que é uma das compensações para a desoneração neste ano, travaram a votação do texto na Casa e podem ter alguma reação no mercado financeiro hoje.

* Com informações do Broadcast