Ainda na agenda econômica hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz reunião com ministros para debater os preços dos alimentos. O investidor também fica em compasso de espera pelas decisões sobre juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira (29).
Confira os 4 assuntos mais importantes do mercado financeiro hoje
Bolsas internacionais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue mexendo com os mercados. O yuan negociado em Xangai se valoriza fortemente após ele dizer que preferiria não punir produtos chineses com tarifas. “Eu preferiria não ter que usar as tarifas, mas é um poder enorme sobre a China”, disse à Fox News.
O dólar se mostra mais fraco em geral no exterior. Já as bolsas operam mistas, com europeias em alta após dados da região e futuros de Nova York no vermelho.
O euro ampliou ganhos ante o dólar após o PMIs da zona do euro e da Alemanha terem vindo acima do esperado. A libra passou a subir mais após o PMI composto do Reino Unido também superar as expectativas.
O dólar cai ante o iene após o Banco do Japão (BoJ) elevar sua principal taxa de juros de 0,25% para 0,50% ao ano, como estimado. A Capital Economics considera que o BoJ deixou a porta aberta para apertos adicionais. Os mercados também estão à espera de manutenção dos juros pelo Fed na próxima quarta-feira.
IPCA-15
A prévia da inflação, medida pelo IPCA-15, deve desacelerar 0,01% em janeiro, após alta de 0,34% em dezembro. A inflação em 12 meses também pode cair. Por outro lado, o mercado prevê aceleração da média dos núcleos, o que pode limitar o movimento.
O dado não deve alterar a perspectiva para o Copom na próxima semana. Uma ampla maioria no mercado aposta em mais uma alta de 100 pontos-base da Selic, para 13,25%, em linha com o forward guidance (projeção utilizada para influenciar as expectativas do mercado) do Banco Central (BC).
Commodities
O minério de ferro fechou em alta de 0,69%, cotado a 806,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 110,65 nos mercados de Dalian, na China. Já o petróleo ensaia recuperação em meio à fraqueza do dólar. Os barris da commodity sobem cerca de 0,65%.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) saltavam 1,25% no pré-mercado de Nova York por volta das 8h10 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,60% no mesmo horário.
Mercado brasileiro
O dólar mais fraco ante maioria das moedas pode beneficiar o real. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York mostrava alta de 1,28% às 8h15.
A reunião do governo para discutir os preços dos alimentos pode mexer com o humor do mercado, em meio a ruídos recentes de comunicação.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, descartou na quinta-feira (23) a criação de uma rede de abastecimento popular como forma de diminuir o preço dos alimentos. “O governo não vai criar rede popular de alimentos, nem congelar preços, nem criar subsídios”, disse, o que pode repercutir no mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast