

A agenda econômica desta quarta-feira (26) retoma julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o recebimento ou a rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. O mercado financeiro hoje traz ainda a nota do setor externo, com números da conta corrente e dos investimentos diretos no País (IDP) em fevereiro.
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No exterior, a agenda econômica hoje tem como destaque a participação de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em eventos: Neel Kashkari, de Minneapolis; Alberto Musalem, de St. Louis. Tem ainda a divulgação de encomendas de bens duráveis nos EUA em fevereiro.
Mercado financeiro hoje: os destaques desta quarta-feira
Tarifas dos EUA: como operam as bolsas internacionais?
As incertezas em relação às novas tarifas dos Estados Unidos, que entram em vigor na próxima semana, sustentam a cautela nas bolsas europeias e a maioria recua, enquanto os futuros de Nova York também estão no vermelho após três pregões de alta.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira (25) à noite que não deverá haver muitas exceções às tarifas recíprocas de importação que entrarão em vigor no dia 2. Trump também poderá impor tarifas ao cobre em algumas semanas, bem antes do previsto. O cobre cai em Londres.
O ouro chegou a avançar mais cedo para perto da máxima histórica. O metal precioso acumula alta de quase 14% desde janeiro, diante da demanda por ativos seguros em meio à política comercial imprevisível de Trump, segundo analistas do ING.
A libra ampliou perdas ante o dólar hoje mais cedo após o índice de preços ao consumidor (CPI) do Reino Unido vir abaixo do esperado. Os rendimentos curtos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem e os longos sobem levemente.
Commodities avançam e refletem nos ADRs
O petróleo sobe em meio a preocupações sobre possível aperto na oferta após o presidente Donald Trump ameaçar tarifar países que compram petróleo e gás da Venezuela. No início da manhã, o barril do petróleo WTI para maio subia 0,68%, enquanto o do Brent para junho avançava 0,70%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em alta de 0,19%, cotado a 780 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 107,46 nos mercados de Dalian, na China.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,50% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8 horas (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,56% no mesmo horário.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
A falta de fôlego em Nova York pode limitar o desempenho do Ibovespa hoje, mas a alta das commodities joga a favor das ações brasileiras.
Em meio aos receios com a guerra comercial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o multilateralismo e o livre comércio em discurso no Fórum Empresarial Brasil-Japão, em Tóquio. Lula disse que o Brasil é um porto seguro para investimentos.
Pode gerar algum incômodo no mercado a notícia de que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, teria dito a empresários durante um jantar na segunda-feira (24) que o governo Lula não fez o “dever de casa” no ajuste fiscal. Tebet afirmou que “cansou de falar” sobre a necessidade de apresentar um ajuste fiscal factível no ano passado.
No radar do mercado financeiro hoje está a nota do setor externo, que deve mostrar déficit um pouco maior em fevereiro, enquanto o Investimento Direto no País (IDP) deve ser um pouco menor.
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* Com informações do Broadcast