

A agenda econômica desta sexta-feira (28) traz o índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA e os dados do mercado de trabalho no Brasil, via Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, cuja taxa de desocupação no País ficou em 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, dentro das expectativas dos analistas. No mercado financeiro hoje, há também o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de março e o Relatório mensal da dívida pública federal de fevereiro.
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Ainda na agenda econômica hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de um evento da Arko Advice, enquanto o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ministra uma aula magna na Universidade Zumbi dos Palmares, ambos em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue em agenda no Vietnã.
No exterior, saem também números da confiança do consumidor americano. São esperados ainda discursos do vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Michael Barr e do Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.
Mercado financeiro hoje: os destaques desta sexta-feira
Tarifas dos EUA acendem cautela internacional
As preocupações com os impactos das tarifas dos EUA pesam sobre as bolsas internacionais. O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, afirmou que a política monetária americana está sendo conduzida sob uma “névoa densa”, comparando a situação a uma “visibilidade zero”. Já a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, reforçou que a manutenção dos juros por mais tempo é apropriada.
A consultoria Capital Economics avalia que as tarifas de 25% sobre as importações de veículos podem reduzir as vendas alemãs no mercado americano em até 50% e levar o Canadá à recessão.
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Como operam as bolsas globais hoje?
Apesar da cautela gerada pela guerra comercial, as bolsas de valores europeias e a brasileira acumulam ganhos no ano, enquanto os mercados de Nova York operam no vermelho. Inclusive, nesta sexta-feira, os índices futuros das bolsas de Nova York e os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) recuam.
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Na Europa, a libra se fortaleceu frente ao dólar hoje após uma alta inesperada das vendas no varejo do Reino Unido e o crescimento de 0,1% da economia britânica, conforme esperado. Já na zona do euro, o índice de sentimento econômico caiu em março, frustrando a expectativa de alta.
Commodities: petróleo e minério recuam
O petróleo recua após acumular ganhos nas duas últimas sessões, enquanto investidores seguem monitorando desdobramentos da política tarifária do governo Donald Trump e avaliam a possibilidade de aperto na oferta da commodity. No início desta manhã, o barril do petróleo WTI para maio caía 0,17%, enquanto o do Brent para junho recuava 0,22%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,19%, cotado a 785,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 108,1 nos mercados de Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,10% no pré-mercado de Nova York. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) avançavam 0,21% na manhã desta sexta-feira.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
O viés negativo dos futuros de Nova York pode limitar um avanço do Ibovespa hoje. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York, subia 0,49% no pré-mercado no início da manhã.
Fernando Haddad afirmou na quinta-feira (27) que o governo mantém sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,3% para 2024, apesar da revisão do Banco Central, que reduziu sua projeção de 2,1% para 1,9% no Relatório de Política Monetária (RPM). O ministro reiterou que o governo tem o mesmo objetivo do BC: cumprir o regime de metas de inflação.
O mercado financeiro hoje também acompanha os dados do emprego, o IGP-M e a repercussão da indicação do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o Conselho Fiscal da Eletrobras (ELET3; ELET6).
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* Com informações do Broadcast