

A agenda econômica desta quinta-feira (24) traz a divulgação dos dados de encomendas de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego e vendas de moradias usadas nos EUA, além de discursos de dirigentes no exterior. Por aqui, o mercado financeiro hoje acompanha a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os resultados da Vale (VALE3).
Ainda na agenda econômica hoje, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, tem vários compromissos fechados, relacionados ao encontro de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial em Washington, enquanto o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, tem audiência com investidores; e o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, participa de evento Itaú Latam Day.
Além disso, os diretores do BC Renato Dias De Brito Gomes (Organização do Sistema Financeiro e de Resolução) e Gilneu Francisco Vivan (Regulação) concedem entrevista sobre prioridades regulatórias para 2025 e 2026.
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O Tesouro faz leilões de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa). O Conselho Monetário Nacional (CMN) reúne-se nesta tarde, enquanto o índice de confiança do consumidor de abril sai pela manhã.
Além da Vale, há a divulgação dos resultados da Usiminas (USIM5) antes da abertura da B3, e Multiplan (MULT3) após o fechamento. As empresas Alphabet (GOGL34) e Intel (ITLC34) divulgam balanços após o fechamento do mercado.
No exterior, há os discursos de: economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane; Clare Lombardelli, do Banco da Inglaterra; Sharon Donnery, do BCE; e o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari.
Mercado financeiro hoje: os destaques desta quinta-feira
Guerra tarifária: como reagem as bolsas internacionais hoje?
Os índices futuros de ações em Nova York e as Bolsas europeias recuavam nesta manhã após a negativa da China sobre negociações tarifárias com os EUA, o que sustenta a aversão ao risco — veja os detalhes da operação do mercado internacional nesta matéria.
Na Europa, as ações do BNP Paribas caíam perto de 4%, após divulgar lucro trimestral 4,9% menor, embora em linha com as expectativas. O euro ganhou impulso após uma alta inesperada no índice Ifo de sentimento empresarial na Alemanha.
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O dólar hoje se enfraquece frente a moedas de países desenvolvidos, após ganhos recentes com alívio nas tensões comerciais e sobre a independência do Fed. Mas o presidente americano Donald Trump pressiona por corte de juros e avalia isentar peças de carros, aço e alumínio de parte das tarifas dos EUA sobre importações da China.
O Fed mantém cautela diante da volatilidade, disse a dirigente de Cleveland, Beth Hammack. Os juros dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) caem à espera de dados dos EUA.
Commodities: petróleo avança, enquanto minério cai
O petróleo sobe, após perdas provocadas por especulações sobre retomada da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). No início da manhã, o barril do petróleo WTI para junho subia 0,87%, enquanto o do Brent para julho avançava 0,81%.
Entre as commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,28%, cotado a 720,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 98,86 em Dalian, na China.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale avançavam 0,66% no pré-mercado de Nova York, por volta das 8h15 (de Brasília). Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,87% no mesmo horário.
O que esperar para o Ibovespa hoje?
O Ibovespa hoje pode ter volatilidade diante da ausência de avanços sobre tarifas entre EUA e China e sinais mistos das commodities. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, fundo de investimento negociado em bolsa de valores como se fosse uma ação) brasileiro negociado em Nova York operava estável nesta manhã. Dólar e juros futuros podem ser pressionados pela fraqueza dos retornos dos Treasuries e da divisa americana.
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Investidores acompanham falas de dirigentes do BC, em especial de Guillen e Picchetti, após sinalização firme do presidente do BC, Gabriel Galípolo, contra a inflação. O governo estuda flexibilização na renegociação de dívidas rurais no RS, com possível prorrogação de até quatro anos. Economistas da Warren Investimentos apontam que a meta fiscal de 2025 deve ser revista para um déficit de até R$ 54 bilhões, por falta de margem para cortes de gastos. Esses e outros assuntos ficam no radar do mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast