Ainda na agenda econômica hoje, estão programados o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e o lançamento do Relatório RED, do banco de desenvolvimento da América Latina e do Caribe.
Em seu segundo dia na Califórnia (EUA), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visita a Nvidia (NVDC34) e fala duas vezes em conferência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros e presidentes do Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fala em evento do LIDE.
O Copom anuncia a nova taxa Selic na quarta-feira (7) e o IPCA de abril sai na sexta-feira (9). O Fed anuncia decisão de juros na quarta, quando o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, testemunha na Câmara dos Representantes. Também a produção industrial de março e a balança comercial de abril serão publicados na quarta, e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) na quinta-feira (8).
Nesta segunda, no exterior, saem os PMIs de abril dos EUA e da China, seguidos pelos da Alemanha e da zona do euro na terça, junto com a balança comercial americana de março.
O Banco da Inglaterra anuncia sua decisão sobre juros na quinta-feira, e na sexta, discursam dirigentes do BC americano e o presidente do BoE, Andrew Bailey. A China divulga também na sexta os dados de balança comercial, CPI e PPI de abril.
No front corporativo, a semana traz resultados de Advanced Micro Devices e Super Micro Computer na terça, TSMC na sexta, e Ford após o fechamento desta segunda-feira. No Brasil, divulgam resultados GPA, TIM Brasil, BB Seguridade e Motiva nesta segunda; Caixa Seguridade e Embraer na terça-feira (6); Bradesco na quarta; e Itaú Unibanco, B3 e Ambev na quinta.
Mercado financeiro hoje: o que acompanhar nesta segunda-feira
Novas ameaças de Trump pressionam bolsas internacionais
Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em queda nesta segunda-feira, após novas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 100% sobre todos os filmes estrangeiros. Trump também descartou a demissão de Powell e cobrou corte de juros pelo Fed.
O movimento em Wall Street contrasta com o alívio na sexta-feira (2), quando a China sinalizou disposição para negociar tarifas e as bolsas retomaram níveis pré-tarifaço americano. Na Europa, os mercados mostram desempenho misto, com agenda econômica esvaziada e a bolsa de Londres fechada devido a feriado.
O dólar hoje segue em baixa frente às principais moedas, enquanto investidores aguardam os PMIs de serviços dos EUA e as decisões de juros do Federal Reserve (Fed) e do Banco da Inglaterra (BoE). A expectativa é unânime de manutenção das taxas dos Fed Funds (semelhante à taxa Selic no Brasil) entre 4,25% e 4,5%, deslocando as atenções para a entrevista de Powell.
Focus: expectativas para inflação e juros
O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (5), as previsões para os principais indicadores econômicos, incluindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório do BC para a inflação brasileira em 2025 reduziu de 5,55% para 5,53%, mas ainda acima do teto da meta (4,50%). Quanto as expectativas para juros brasileiros, o boletim Focus mostrou uma desaceleração da Selic de 15% para 14,75% ao final de 2025. Veja aqui as projeções para os anos seguintes.
Sobre a decisão de juros do Copom, não há consenso sobre a magnitude do aperto, mas a maioria espera 0,50 ponto percentual, a 14,75%. Também não se sabe o Copom sinalizará, ou não, o encerramento do ciclo de aumento do juro básico.
Commodities: petróleo recua, minério não opera
O petróleo cai, ampliando perdas da semana passada, após a Opep+ confirmar no fim de semana que implementará novo aumento significativo de sua oferta em junho. No início da manhã, o barril do petróleo WTI para junho caía 1,42% na Nymex, a US$ 57,46, enquanto o do Brent para julho recuava 1,31% na ICE, a US$ 60,49.
O minério de ferro negociado em Dalian não teve operação nesta segunda-feira, devido ao fechamento dos mercados da China com o feriado do Dia do Trabalhador.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) mostravam estabilidade no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) recuavam 1,29%.
Como fica o Ibovespa hoje?
O Ibovespa hoje pode ficar sob pressão dada a fraqueza dos futuros em NY e do petróleo, que pode pressionar também a Petrobras.
No câmbio, o dólar e petróleo fracos podem abrir espaço também para a valorização do real, após o recuo da divisa americana na sexta a R$ 5,654. Balanços e a expectativa de nova alta da taxa Selic pelo Copom, na “Super Quarta”, devem afetar também a bolsa.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, demonstrou “abertura importante” ao diálogo sobre as tarifas comerciais de Donald Trump, afirmou ao Broadcast o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após se reunir com o secretário em Los Angeles. Esses e outros assuntos ficam no radar do mercado financeiro hoje.
* Com informações do Broadcast