No mercado financeiro hoje, os investidores devem ficar atentos à Petrobras (PETR3; PETR4), que confirmou a descoberta de óleo na região oeste do campo de Búzios, além do início da produção do FPSO Almirante Tamandaré, a maior unidade de produção da empresa. A Vale (VALE3) também está em destaque após o lançamento do programa Novo Carajás, que aumentará em 32% sua produção de cobre. A Raízen (RAIZ4) reportou prejuízo líquido de R$ 2,571 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25.
Na agenda econômica doméstica, os destaques ficam com o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de fevereiro e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de dezembro, que serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, fará uma palestra nesta segunda-feira (17).
No âmbito corporativo, serão divulgados os balanços da Neoenergia (NEOE3) e do BB Seguridade (BBSE3). Segundo o Prévias Broadcast, o lucro esperado para BB Seguridade é de R$ 2,116 bilhões, uma alta anual de 3%. Ao longo da semana, o mercado acompanhará os resultados de Banco do Brasil (BBAS3), Vale, B3 (B3SA3) e GPA (PCAR3).
No exterior, os investidores observam uma cúpula de líderes europeus em Paris, que discutirá a situação na Ucrânia e a segurança europeia. A agenda internacional inclui a ata de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), prevista para quarta-feira, e diversas participações de dirigentes do Fed em eventos durante a semana.
Nas commodities, o petróleo opera em alta, com o Brent subindo 0,38%, a US$ 75,09 por barril, e o WTI avançando 0,37%, a US$ 71,07 por barril. Já o minério de ferro recuou 0,92% em Dalian, cotado a US$ 111,16 por tonelada para o contrato futuro de maio de 2025.
Confira os destaques de empresas do mercado hoje que você precisa saber
Raízen (RAIZ4) tem prejuízo bilionário; entenda os motivos
A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 2,571 bilhões no terceiro trimestre da temporada 2024/25, que compreende o período entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2024, revertendo o lucro de R$ 793 milhões obtido em igual intervalo da safra anterior.
Segundo a empresa, o resultado foi afetado pela menor contribuição dos resultados operacionais e aumento das despesas financeiras, incluindo efeitos não recorrentes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 3,123 bilhões, queda anual de 20,5%.
Zamp (ZAMP3)
A Zamp, dona das marcas Burguer King e Starbucks no Brasil, concluiu o processo de seleção do novo diretor-presidente. Pedro de Souza Zemel deve assumir no fim de abril. Até lá, Gabriel Magalhães da Rocha Guimarães segue como interino. Zemel esteve à frente do Grupo SBF nos últimos 12 anos.
Azevedo & Travassos Energia
A Azevedo & Travassos Energia estreou na B3 na sexta-feira com planos auspiciosos para crescer no segmento de petróleo e gás natural, focando principalmente na aquisição de poços maduros onshore (em terra). Com quase 7 mil negócios, o papel disparou 116,48%, liderando os ganhos do mercado doméstico.
JBS (JBSS3) tem mudança na presidência da operação no Brasil
Gilberto Xandó anunciou, pelo LinkedIn, que deixará a presidência da JBS Brasil para assumir a liderança da Wild Fork North America, braço da JBS na comercialização de proteínas congeladas. Com sua saída, a presidência da JBS Brasil passará a ser acumulada por Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS, segundo fonte ouvida pelo Broadcast Agro.
Petrobras (PETR4) confirma nova reserva de petróleo em Búzios
A Petrobras confirmou a presença de óleo com a perfuração do poço 9-BUZ-99D-RJS, na região oeste do campo de Búzios. Trata-se de nova acumulação em uma zona inferior ao reservatório principal. O poço está localizado a 189 km da costa do Rio de Janeiro e foi perfurado em profundidade d’água de 1.940 metros.
A estatal também comunicou que o FPSO Almirante Tamandaré (Búzios 7) entrou em produção no Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Esta é a primeira unidade de alta capacidade a ser instalada no campo, com potencial para produzir diariamente até 225 mil barris de óleo (bpd) e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás.
Além disso, a empresa informou que assinou dois protocolos de intenções para a realização de estudos sobre o reaproveitamento de plataformas de produção de petróleo e gás que estão em fase de desmobilização. A iniciativa está alinhada ao Plano de Negócios 2025-2029, que prevê a desmobilização de 10 plataformas até 2029 e inclui estudos para avaliar possibilidades de reaproveitamento destes ativos.
Segundo a estatal, essa estratégia pode gerar benefícios como a redução de custos logísticos, o fortalecimento da base de fornecedores e a promoção de melhores práticas de sustentabilidade. O E-Investidor acompanha ao longo desta segunda-feira os impactos nas ações da Petrobras.
Vale (VALE3) investe R$ 70 bilhões no programa Novo Carajás
A Vale lançou na sexta-feira o programa Novo Carajás, que prevê investimentos da ordem de R$ 70 bilhões na província mineral de Carajás, no centro-leste do Pará. No evento, o CEO da companhia, Gustavo Pimenta, frisou que sua gestão à frente da mineradora, iniciada em 1º de outubro de 2024, está acelerando agendas como a expansão da produção de cobre. O Novo Carajás aponta para ampliação de 32% na produção do metal crítico, essencial para a transição energética.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também esteve em Carajás, afirmou que, se depender do governo, a Vale será uma das maiores mineradoras do mundo. O presidente, que está se reaproximando da mineradora, disse que a gestão de Pimenta é uma oportunidade para desfazer uma separação entre os interesses da empresa e da União. “O Estado também tem interesse que a Vale cresça”, disse Lula. Segundo o petista, houve um “fio desencapado” entre a companhia e alguns governos, mas que em sua gestão não haverá mais ruídos nessa relação.
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