

A agenda econômica desta quinta-feira (18) contempla o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e a entrevista da presidente da instituição, Christine Lagarde. No mercado hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os principais ministros da área econômica para discutir contenção de gastos e cumprir as regras fiscais. O Ministério da Fazenda divulga o Boletim Macrofiscal, com novas projeções para indicadores como Produto Interno Bruto (PIB) e inflação.
Ainda na agenda internacional, nos Estados Unidos, serão divulgados discursos da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Dallas, Lorie Logan, e da diretora Michelle Bowman, além dos pedidos semanais de auxílio-desemprego. O balanço trimestral da Netflix (NFLX34) também é esperado depois do fechamento dos mercados.
Investidores brasileiros também acompanham o leilão do Tesouro de Letras do Tesouro Nacional (LTN, títulos prefixados) e Nota do Tesouro Nacional série F (NTN-F, título de renda fixa).
Confira os 4 destaques do mercado hoje
Bolsas internacionais
As bolsas sobem na Europa nesta manhã à espera da decisão de juros do BCE. Nos EUA, os futuros de Nova York operam divergentes e o cenário político fica sob os holofotes com as eleições presidenciais.
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As ações da Nvidia (NVDC34) e de outros fabricantes de chips operam em alta no pré-mercado de Nova York, se recuperando parcialmente dos tombos que sofreram nos negócios à vista de quarta-feira (18) – veja aqui como encerrou o último pregão.
O presidente dos EUA, Joe Biden, está com covid e horas antes de testar positivo ele havia dito que reavaliaria sua candidatura caso os médicos dissessem que ele tem algum problema de saúde. E após o atentado contra Donald Trump do último sábado (13), a percepção é de que cresceu a chance de ele não somente conquistar a presidência, mas formar maioria na Câmara e no Senado.
Segundo o UBS, o pacote econômico de Trump, com aumento de barreiras comerciais, é inflacionário, e a promessa de cortar impostos pode elevar mais o déficit fiscal do país, pressionando a curva de juros e fortalecendo o dólar. Ao mesmo tempo, Trump precisa do dólar fraco para poder ter chances de vencer a China na competição pelo comércio internacional.
Juros do BCE
No exterior, a expectativa é de que o BCE mantenha os juros estáveis em 3,75%, sinalize que a instituição oficial continua dependente de dados econômicos para adotar suas decisões e não divulgue quando o próximo corte de juros ocorrerá.
Mas analistas esperam que um corte de juros na zona do euro, de 25 pontos-base, possa vir em setembro, mesmo mês que o Fed poderá dar início ao afrouxamento monetário.
- Veja também: Fed prevê só 1 corte de juros em 2024 e economistas alertam para impacto no mercado brasileiro
Commodities
As commodities não devem contribuir para o avanço do Ibovespa nesta manhã. O petróleo recua e o minério de ferro fechou em baixa de 0,92% na China.
Mercado brasileiro
Em dia de agenda local fraca, as atenções devem se concentrar no exterior, especialmente na decisão do BCE e discursos de dirigentes do Fed. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,17% no pré-mercado por volta das 7h30.
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Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) subiam 0,62%, apesar da queda do minério de ferro.
No mercado hoje, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) ficam no radar diante da notícia de que a estatal e o fundo Mubadala, que controla a Acelen, empresa dona da refinaria de Mataripe (BA), avançaram nas negociações para a volta da estatal ao controle da unidade, vendida em 2021.
*Com informações do Broadcast