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Mercado hoje: ata do Copom e falas de dirigentes do Fed são destaques em meio a balanços de empresas

Agenda do dia ainda conta com evento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio à pressão fiscal

Foto: Beto Nociti/Banco Central

Os investidores têm uma agenda carregada para acompanhar nesta terça-feira (7), com destaque para a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará palestra no Brasil Investment Forum (BIF 2023).

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, falará em fórum do Bradesco Asset Management, e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, em evento do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon), ambos em São Paulo.

Arezzo (ARZZ3), Iguatemi (IGTI3), Rede D’Or (RDOR3) são algumas empresas que publicam balanços. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso deve votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o parecer da reforma tributária.

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Dados da balança comercial dos EUA e a participação de cinco dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central estadunidense) e de quatro do Banco Central Europeu (BCE) em eventos podem ainda trazer pistas sobre o rumo das políticas monetárias respectivas.

Sinais negativos marcam a manhã nas bolsas europeias e entre os índices futuros em Nova York, após seis pregões positivos em Wall Street, diante do recuo dos juros dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo) e persistente avanço do dólar frente moedas rivais.

Os investidores ajustam posições diante da queda de cerca de 2% do petróleo em meio a preocupações com a demanda na esteira dos dados fracos de exportações da China em outubro.

Embora as importações tenham vindo melhores que o esperado, as exportações chinesas caíram 6,4% em outubro, na comparação anual, bem pior do que a previsão de queda de 3,7% e também da perda anual de 6,2% em setembro.

Na Europa, o tom defensivo de ontem se mantém, enquanto investidores avaliam balanços da região, como o do banco suíço UBS, que reportou prejuízo, e dados fracos da produção industrial na Alemanha e o avanço acima do esperado da inflação ao produtor (PPI) na zona do euro.

No radar estão ainda os comentários de vários dirigentes do BCE e do Fed, quase uma semana depois de o banco central estadunidense deixar seus juros inalterados pela segunda vez seguida, além de dados da balança comercial e crédito ao consumidor do país norte-americano.

No Brasil

A cautela moderada no exterior e a queda do petróleo devem afetar os ajustes na abertura local, mas a melhora das importações na China é boa notícia para os exportadores brasileiros de produtos básicos.

A Bolsa local deve ser movimentada ainda por vários balanços corporativos, como os da Gerdau (GGBR4) e Itaú Unibanco (ITUB4), divulgados ontem à noite.

A queda dos rendimentos dos Treasuries pode aliviar a curva de juros em meio à leitura da ata do Copom, que deve balizar ainda os negócios – com as atenções voltadas às perspectivas do colegiado sobre o cenário fiscal, diante da possibilidade de alteração da meta para o resultado fiscal de 2024 –, a inflação e o quadro internacional.

No câmbio, a valorização externa do dólar pode limitar reação positiva ao aumento das importações chinesas. O andamento da pauta econômica no Congresso é aguardado também e pode animar, se houver avanço nas votações.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) reúne-se hoje para votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, disse que o governo confia no relatório do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que poderá ser votado nesta terça-feira, e o Executivo não enviará uma mensagem para modificar a meta fiscal na proposta.

A meta fiscal na LDO de 2024 se tornou um dos principais assuntos da política e da economia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizer em público que o objetivo não precisaria ser o de déficit zero – ideia defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Agenda

A ata do Copom será publicada (8h), além da nota de crédito de setembro (8h30). O presidente do BC, Roberto Campos Neto, profere palestra (8h45) e também o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo (9h).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reúne-se com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante (9h) e participa da abertura do Brasil Investment Forum (BIF 2023) junto com o presidente Lula (10h).

O Tesouro realiza leilões de venda de NTN-B e de LFT (11h). Iguatemi, Rede D’Or divulgam balanços do terceiro trimestre, após o fechamento do mercado.

A CMO do Congresso pode votar o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a CCJ, o parecer da reforma tributária.

No exterior, serão publicados dados da balança comercial dos EUA em setembro (10h30) e de crédito ao consumidor (17h).

Cinco dirigentes do Federal Reserve participam de eventos: Michael Barr, Supervisão (11h15); Jeffrey Schmid, Kansas (11h50); Christopher Waller, diretor (12h); John Williams, Nova York (14h); Lorie Logan, Dallas (15h25).