O setor financeiro inicia a temporada de balanços dos Estados Unidos do segundo trimestre nesta sexta-feira (14), com resultados financeiros do JPMorgan, Citi, Wells Fargo e Blackrock antes da abertura das Bolsas de Nova York. Na agenda enxuta do dia estão previstos apenas o índice de sentimento do consumidor dos EUA preliminar de julho e as expectativas de inflação em 1 e 5 anos, apurados pela Universidade de Michigan.
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No Brasil, os dados de vendas no varejo restrito e ampliado no País em maio saem na abertura dos negócios. Os investidores vão monitorar ainda reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda), para tratar do lançamento do programa Desenrola Brasil na próxima semana, além da participação em eventos dos ministros Geraldo Alckmin (Indústria e vice-presidente) e Simone Tebet (Planejamento) e do secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy.
Os índices futuros das Bolsas de Nova York e as bolsas europeias operam sem direção única após acumularem ganhos na semana, na esteira da desaceleração da inflação ao consumidor (CPI) e no atacado (PPI) nos Estados Unidos, que praticamente consolidaram nos últimos dias nos mercados as aposta em apenas mais uma alta de juros nos EUA no atual ciclo, na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no próximo dia 26.
Na Europa, mais cedo, pesquisa da Eurostat mostrou que a zona do euro registrou significativa queda no déficit comercial ajustado, de 900 milhões de euros em maio, bem menor do que o previsto no mercado, de 5 bilhões de euros. Em abril, o bloco havia registrado saldo negativo bem maior, de 8 bilhões de euros, de acordo com dado revisado.
No Brasil
O fôlego curto das bolsas internacionais pode limitar os ajustes na B3 após o rali de ontem com o otimismo externo sobre a política monetária americana e a queda do dólar abaixo de R$ 4,80, aos R$ 4,7903 no mercado à vista, na esteira do tombo do índice DXY do dólar à casa dos 99 mil pontos ( 99,77 pontos), no menor nível desde abril do ano passado.
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Os investidores devem repercutir na Bolsa também captações corporativas, como a da Azul no exterior e ofertas secundárias de ações, a exemplo de BRF e MRV. Altas do dólar e dos retornos dos Treasuries lá fora nesta manhã devem induzir ajustes nos mercados de câmbio e de juros.
Também o debate sobre a reforma tributária segue no radar. Appy disse ontem (13) que a equipe econômica já trabalha em várias frentes da reforma sobre o imposto de renda, mas a decisão do que será enviado ao Congresso e quando irá para o Legislativo é política.
Agenda
A agenda do dia traz as vendas no varejo restrito e ampliado no Brasil em maio (9h). A mediana do mercado indica queda de 0,2% para as vendas do varejo restrito em maio, na margem, após alta de 0,1% em abril, e para o varejo ampliado de 0,7%, ante -1,6%, respectivamente, segundo o Projeções Broadcast.
O presidente Lula reúne-se com ministros (9h) e sanciona a lei do Mais Médicos (10h30). Os ministros da Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin (9h e 12h), e do Planejamento, Simone Tebet (10h), e o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy (17h), falam em eventos públicos.
Lá fora, a universidade americana de Michigan divulga a prévia do índice de sentimento do consumidor dos EUA em julho e as perspectivas de inflação em 1 e 5 anos (11h). JPMorgan, Citi, BlackRock e Wells Fargo, além da UnitedHealth, divulgam balanços do segundo trimestre antes da abertura das Bolsas em Nova York.
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*Com informação do Broadcast