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Mercado hoje: em dia de decisão do Copom, expectativa pelo corte de juros orienta os investidores. Confira a agenda econômica completa desta quarta-feira

Indicadores locais e participação de dirigentes do Fed em eventos públicos também serão monitorados

Mercado hoje: em dia de decisão do Copom, expectativa pelo corte de juros orienta os investidores. Confira a agenda econômica completa desta quarta-feira
O ibovespa é o principal índice da B3 (Foto: Daniel Teixeira/Estadão)

O destaque desta quarta-feira (8) fica com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) para a taxa Selic, a ser anunciada no início da noite, a partir das 18h30. Nas próximas horas, as atenções estarão concentradas em indicadores locais, como os de varejo, e em entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e na participação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e do diretor de Regulação, Otavio Ribeiro Damaso, da abertura de seminário organizado pela instituição, embora estejam sob a regra de silêncio sobre juros.

Uma série de balanços estão programados, entre eles os do Banco do Brasil (BBAS3), Eletrobras (ELET3;ELET6), Ambev (ABEV3) e Grupo Casas Bahia (BHIA3). No exterior, três dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) têm eventos públicos.

Sem indicadores relevantes na agenda americana, os investidores em Nova York ajustam dólar, rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) para cima, enquanto os índices futuros das bolsas estão instáveis, diante da espera por comentários de dirigentes do Fed e leilão do Tesouro americano.

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Nessa terça-feira (7), um tom mais duro do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, sobre a inflação e mercado de trabalho resilientes no país minou o sentimento positivo que vigorava em Wall Street. Investidores aguardam novas pistas que possam chancelar as apostas recentes de possíveis cortes de juros neste ano, após o payroll (principal relatório de emprego) americano abaixo do esperado. Veja detalhes do relatório nesta matéria.

O petróleo cede, mas as bolsas europeias sustentam ganhos dos dois pregões anteriores, repercutindo balanços corporativos, como o da AB InBev. Os papéis da maior cervejaria do mundo subiam 4,5% na Bolsa de Bruxelas mais cedo, após reduzir lucro, mas avançar em receita e volume de vendas no 1º trimestre de 2024.

Agenda econômica no Brasil

O fôlego curto das bolsas americanas nesta manhã e as perdas do petróleo e de quase 3% do minério de ferro na China podem pressionar o Ibovespa bem como ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).

Também devem repercutir os indicadores de inflação, varejo e de comércio exterior ao longo do dia, antes do Copom. O cenário-base de 25 de 45 casas consultadas pelo Projeções Broadcast é de corte de 0,25 ponto porcentual (55%) da Selic, ante a chance de 0,50 p.p. Para o varejo, as estimativas medianas divergem, com queda de 0,3% para o restrito e alta de 0,6% no ampliado.

O quadro de calamidade pública no Rio Grande do Sul segue no radar também. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta encaminhou, nesta terça-feira (7), à Casa Civil dois projetos de lei como parte das medidas para socorrer o Rio Grande do Sul e devem ser submetidos hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das propostas prevê tratamento especial da dívida do Estado com a União e a outra trata de crédito subsidiado para atender os atingidos pelas chuvas.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, destacou que o governo gastará “o que for necessário”, mas com transparência e controle, para não repetir erros da pandemia. Haddad disse estar animado com a possibilidade de “pacificar” ainda nesta semana a negociação sobre a desoneração da folha de pagamentos e que tem plano de encontrar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para “arredondar de uma vez por todas” o acordo.

Agenda do dia

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic é o destaque do dia (18h30). Também são esperados o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de abril (8h); os dados do varejo restrito e ampliado em março (9h) e o resultado da balança comercial no mês passado (15h).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à EBC (8h) e se reúne com Casa Civil e bancos públicos (19h). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Regulação, Otavio Ribeiro Damaso, participam da abertura de evento (9h).

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Além de divulgar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) (10h), o presidente Lula se reúne com vários ministros ao longo do dia, incluindo Geraldo Alckmin, vice-presidente e titular da Indústria e Comércio, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda ((15h).

Na área corporativa, Banco do Brasil, Eletrobras, Grupo Casas Bahia, entre outras companhias, divulgam balanços após o fechamento do mercado.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Comércio divulga os estoques no atacado (11h) e há eventos com os dirigentes do Fed Philip Jefferson, vice-presidente (12h), Susan Collins, de Boston (12h45) e Lisa Cook, diretora (14h30).