Os sinais mistos nas bolsas internacionais podem limitar os ajustes nos mercados locais nesta segunda-feira (22), que ficam de olho na reunião sobre o teto da dívida americana e no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O presidente da autoridade monetária brasileira têm recebido críticas diretas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à política de juros no Brasil.
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Além disso, o IBC-BR de março, que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), motiva revisões nas projeções de alta para a atividade econômica do País no primeiro trimestre e neste ano de 2023.
No exterior, os índices futuros de Nova York e as Bolsas europeias operam sem direção única, enquanto os juros dos Treasuries e o índice DXY do dólar operam em baixa.
- Veja também: Bolsas da Ásia fecham em meio a impasse sobre dívida dos EUA, resultados da reunião do G7 e taxas de juros na China
Confira as principais notícias das empresas
Petrobras (PETR4)
A Petrobras reiterou, em resposta às solicitações do Ministério de Minas e Energia (MME), que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento ambiental do Bloco FZA M59 em Amapá Águas Profundas, indeferido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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Ao MME, a empresa também disse que pedirá reconsideração ao Ibama antes do vencimento do prazo legal, que é 24 de maio de 2023, e que a avaliação técnica da companhia concluiu que é possível manter a sonda e seus recursos mobilizados no local até o dia 29 de maio sem incorrer em custos adicionais.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que o órgão não toma decisões por “pressão política”.
Oi (OIBR4)
O Conselho de Administração da Oi aprovou o plano da sua segunda recuperação judicial, que tem por objetivo apresentar aos credores uma solução para equalizar uma dívida de R$ 43,7 bilhões. O plano prevê um novo empréstimo de R$ 4 bilhões para a companhia e tratamento diferenciado a credores que aceitarem realizar novos empréstimos.
Também prevê a venda de diversos ativos do grupo para bancar o pagamento de credores – a lista inclui a V.tal, o negócio de banda larga (Oi Fibra), o negócio de conectividade e TI para empresas (Oi Soluções), as subsidiárias de prestação de serviços, imóveis e outras participações.
JBS (JBSS3)
A JBS protocolou Declaração de Registro no Formulário F-4, na SEC dos EUA, referente às ofertas de trocas de 11 séries de notes dispensadas de registro, emitidos por JBS USA Lux, JBS USA Food Company e JBS USA Finance, Inc, por novos notes a serem emitidos pelas emissoras nas mesmas condições financeiras, covenants e outros termos dos bonds antigos.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida decidiu passar a ter quatro conselheiros independentes em vez de dois, um processo que estava previsto para acontecer em fevereiro do ano que vem, mas que foi antecipado em meio à aceleração da combinação do negócio com os do Grupo NotreDame Intermédica (GNDI), após a fusão em janeiro do ano passado.
A empresa informou também, ao Broadcast, que o veto do Cade à aquisição de ativos do Grupo Smiles encerra a expectativa da companhia de expandir rapidamente sua atuação nas regiões de Maceió (Alagoas), João Pessoa e Campina Grande (Paraíba) e o foco passa a ser crescer organicamente.
Americanas (AMER3)
A Americanas informou na quinta-feira (18) que o processo de venda do Hortifruti Natural da Terra deve começar nesta semana, com a prospecção de interessados. O Broadcast apurou que um dos nomes interessados na operação segue sendo o Zona Sul, rede de supermercados carioca.
Tenda (TEND3)
A Construtora Tenda fará novas emissões de CRIs no valor de até R$ 157,5 milhões. A medida foi aprovada na sexta-feira (19). As operações referentes à venda de carteiras pró-soluto serão realizadas no âmbito de duas operações de securitização de CRIs, que serão emitidos pela True Securitizadora.
Energia
A CPFL Energia e Equatorial despontam na disputa pela distribuidora Enel Ceará (ex-Coelce), colocada à venda no ano passado pela companhia italiana, após uma rodada inicial de negociações, segundo fontes afirmaram ao Broadcast.
Mineração e siderurgia
A indústria brasileira de metal e mineração não consegue aproveitar o seu diferencial competitivo para aumentar os investimentos com foco na descarbonização da forma como deveriam, disse Patrícia Muricy, responsável pela indústria da Deloitte Brasil, em entrevista ao Broadcast.
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Para ela, o setor deveria estar um passo à frente dos pares internacionais, levando em consideração a matriz energética do Brasil, em sua maior parte de fontes renováveis. Em tese, a vantagem poderia trazer mais investimentos para a descarbonização das siderúrgicas e mineradoras, disse Muricy.
*Com informações do Broadcast