O primeiro encontro entre o presidente Lula (PT) e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, no atual mandato, fica no radar nesta quarta-feira (27).
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estará presente. Campos Neto participa ainda de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.
No Senado, o marco temporal para reconhecimento de terras indígenas, previsto no Projeto de Lei (PL) 2.903/2023 e rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), juntamente com a Lei de Cotas. Nos Estados Unidos, destaque para as encomendas de bens duráveis.
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Os futuros de Nova York têm leve alta nesta manhã, após líderes do Senado dos Estados Unidos chegaram a um acordo para continuar financiando o governo, evitando uma paralisação antes do prazo do dia 1º de outubro.
A “solução temporária”, que ainda depende de um acordo com a oposição republicana que comanda a Câmara dos Representantes, manteria o governo financiado até meados de novembro.
Na Ásia, as bolsas foram impulsionadas por promessa do Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) informou que deve intensificar o apoio à economia do país. Além disso, o lucro industrial chinês saltou 17,2% na comparação anual de agosto, recuperando-se da queda de 6,7% vista em julho.
Na Europa, prevalece o sinal negativo nas bolsas, após pesquisa do instituto GfK apontar que o índice de confiança do consumidor na Alemanha deve cair de -25,6, em setembro, para -26,5 em outubro, pior que a previsão dos economistas, de -25,5.
No Brasil
A alta de mais de 1% do petróleo, de 0,59% no fechamento do minério de ferro e o avanço dos futuros de NY após acordo para evitar shutdown da máquina pública nos EUA devem dar fôlego ao Ibovespa, juntamente com a promessa do BC chinês de dar apoio à economia do país.
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O mercado deve acompanhar também a votação do marco temporal no Senado, que se aprovado seria inconstitucional, após a decisão contrária do STF. O entendimento do Supremo é de que a data da promulgação da Constituição Federal (5 de outubro de 1988) não pode ser utilizada para definir a ocupação tradicional da terra por essas comunidades.
E o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo , voltou a salientar na terça-feira (26) o cenário que considerou benigno no Brasil, onde as projeções para a inflação caíram apesar das surpresas da atividade econômica e do mercado de trabalho resiliente ao aperto monetário.
Ele chamou, porém, a atenção para um novo cenário internacional, de juros mais altos nas economias desenvolvidas e sinais mistos nas commodities, o que exige ainda das autoridades monetárias tanto serenidade quanto parcimônia.
Agenda
A agenda desta quarta-feira traz como destaque dois compromissos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Pela manhã, ele participa de audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados (9h00).
No fim da tarde, vai ao Planalto para reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Será o primeiro compromisso público dele com o presidente desde que Lula assumiu o cargo, em 1º de janeiro (17h30).
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Entre os indicadores, saem a nota de crédito (8h30) e o relatório mensal da dívida (14h30), ambos de agosto. No exterior, destaque para as encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos (9h30) e estoques de petróleo pelo Departamento de Energia (11h30).