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Mercado hoje: em dia de agenda local esvaziada, a inflação americana e falas de dirigente do Fed ganham destaque no exterior. Confira a agenda econômica completa

Apesar do avanço recente dos ativos brasileiros, a cautela ante dados da China e inflação dos EUA podem pesar

Mercado hoje: em dia de agenda local esvaziada, a inflação americana e falas de dirigente do Fed ganham destaque no exterior. Confira a agenda econômica completa
Imagem: Adobe Stock

A agenda econômica desta sexta-feira (31), espremida entre o feriado da última quinta-feira no Brasil e o fim de semana, não traz destaques no lado doméstico. No exterior, a atenção girará em torno da divulgação da inflação dos Estados Unidos em abril medida pelo Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), o indicador favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para avaliar o comportamento dos preços. Os números virão acompanhados de dados sobre a renda e consumo no país. Atenção também à palestra do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, que possui direito a voto no comitê de política monetária do BC dos EUA neste ano.

Os contratos futuros dos principais índices de ações dos Estados Unidos operam em leve queda, enquanto o dólar e as taxas dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) rondam a estabilidade, mas com viés de alta, à espera dos números sobre a inflação do país.

Na quinta-feira (30), os investidores comemoraram a revisão para baixo no crescimento econômico e na inflação americana – o que contribuiu para fechar a curva de juros e enfraquecer o dólar -, mas o desempenho das bolsas foi prejudicado por uma projeção de vendas decepcionante da Salesforce, que derrubou o mercado de ações.

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Na Europa, as ações chegaram a subir mais cedo, mas perderam fôlego, com respectivo movimento inverso do euro, após dados preliminares mostrarem inflação acima da esperada na zona do euro em maio.

As bolsas asiáticas terminaram o pregão sem direção única, subindo no Japão, refletindo os dados dos EUA, mas com queda nas ações em Xangai e Hong Kong, impactadas por dados oficiais que apontaram contração inesperada na atividade industrial da China e uma leve desaceleração no crescimento da atividade do setor de serviços do país. Estes dados também pesaram sobre os preços do minério de ferro, que fecharam em queda na bolsa de Dalian, e contribuem para a desvalorização do petróleo.

Agenda econômica no Brasil

Apesar da queda nos principais índices de ações dos Estados Unidos na última quinta-feira, os ativos brasileiros negociados no exterior tiveram um bom desempenho, o que deve dar apoio ao Ibovespa na abertura.

Os dados fracos sobre a atividade na China e o clima de cautela antes dos números a respeito da inflação americana, no entanto, podem restringir ou evitar a melhora no desempenho do índice.

Na semana, encurtada pelo feriado da última quinta-feira, o Ibovespa acumula queda de mais de 1% até o momento. As taxas de juros e de câmbio também devem abrir o pregão perto da estabilidade, mas com viés de alta, acompanhando o comportamento dos Treasuries e do dólar no exterior, diante da ausência de indicadores domésticos capazes de dar direção própria aos ativos brasileiros.

Agenda do dia

O feriado no Brasil mantém a agenda de indicadores doméstica esvaziada, apenas com as operações de rotina do Banco Central (BC): rolagem de swaps (derivativo financeiro que promove simultaneamente a troca de taxas com o objetivo de proteger o investidor contra variações excessivas) (11h30) e compromissadas (12h).

Lá fora, o indicador mais relevante do dia será a inflação dos Estados Unidos: medida pelo PCE referente a abril, que será divulgada às 9h30, em conjunto com dados sobre a renda e os gastos dos americanos. Às 10h45 está prevista a divulgação do índice dos gerentes de compras (PMI) sobre a atividade empresarial em Chicago, e às 14h, números da Baker Hughes a respeito dos poços de petróleo em operação nos Estados Unidos.

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Para encerrar o dia, depois do fechamento das bolsas, às 19h15, está prevista uma palestra do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, um dos presidentes regionais do Fed que têm direito a voto no comitê de política monetária neste ano.