Os mercados retornam da folga de carnaval pressionados pela cautela internacional. Como o horário da negociação é reduzido – a B3 abre só às 13 horas –, a liquidez pode minguar nesta quarta-feira de cinzas (22). Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações de empresas não-americanas emitidos e negociados nos EUA) de empresas brasileiras e o EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do Brasil negociados em Nova York, dão continuidade às perdas. Só que o recuo forte das commodities pode pesar principalmente no Ibovespa.
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O dólar pode ter dificuldade em apresentar uma queda ante o real, dada a instabilidade da moeda no exterior. Além disso, ficam no radar a expectativa de detalhes dos programas sociais do governo: o novo Bolsa Família, o Desenrola, o reajuste do salário mínimo e o aumento da faixa de isenção do imposto de renda. Após dias de descanso em Salvador, interrompidos na segunda-feira de carnaval para visitar as áreas atingidas por temporais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna nesta manhã a Brasília e vai dedicar o dia a reuniões com ministros.
No exterior, a continuidade da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) terá que deixar as taxas de juros em um nível alto por mais tempo do que o esperado anteriormente inibe uma recuperação dos índices futuros de ações em Nova York. Após ficarem fechadas na segunda, ontem as Bolsas encerraram em queda.
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Os investidores esperam sinais hoje da ata da última reunião de política monetária do Fed (16h). O temor de juros elevados também contamina o petróleo, que cai mais de 1%. Porém, os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caem após ganhos da sessão anterior e o DXY do dólar, índice que compara a moeda com outras relevantes do mercado, apresenta ligeira retração.
Fique de olho
Petrobras (PETR4)
O presidente da Petrobras Jean Paul Prates indicou Clarice Coppetti para a diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, e Sergio Caetano Leite para diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, este último nome antecipado pelo Broadcast.
Americanas (AMER3)
A Americanas confirmou ter mantido conversas com o Citibank, como divulgado na mídia, mas negou ter fechado contrato com o banco, para ajudar a estruturar possibilidades de monetização de seus ativos e apoiar a busca de outras soluções financeiras.
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BR Properties (BRPR3)
Os acionistas da BR Properties aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) a saída voluntária da companhia do segmento especial de listagem da B3, denominado Novo Mercado. A decisão dispensa oferta pública de aquisição (OPA). A saída, no entanto, depende do êxito da oferta da controladora GPIC de adquirir a totalidade do capital da companhia, anunciada em 13 de janeiro.
Telefônica
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, apontou como risco ao seu negócio no formulário 20F arquivado na Securities and Exchange Commission (SEC), dos EUA, a possibilidade de as transações contempladas no contrato com a Oi não serem consumadas. A Telefônica também vê risco caso o negócio seja concluído, pois pode não conseguir integrar com sucesso os ativos e operações nele contemplados ou realizar os benefícios esperados.
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Cogna (COGN3) e TIM (TIMS3)
A Cogna Educação e a TIM concordaram mutuamente, em bases amigáveis, encerrar o acordo de parceria firmado em julho de 2021 que previa a criação de uma empresa que iria ofertar cursos 100% à distância (EaD).
Cemig (CMIG4)
A Cemig GT protocolou manifestação de interesse na prorrogação da concessão da UHE Sá Carvalho mediante transferência de controle acionário da sua subsidiária integral Sá Carvalho S.A. O objetivo é assegurar seu direito na eventual prorrogação do contrato por até 30 anos, a critério do poder concedente.
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Enauta (ENAT3)
A Enauta informou há instantes que o sistema de resfriamento de água do FPSO Petrojarl I entrou em manutenção preventiva, com trabalhos que devem perdurar até o início da próxima semana. Segundo a empresa, a manutenção está contemplada dentro do plano de operação da FPSO e não afetará as estimativas de produção.