Decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos concentram as atenções dos investidores, sobretudo os respectivos comunicados. Para o Comitê de Política Monetária (Copom), espera-se corte de meio ponto porcentual da Selic. Quanto ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o mercado aguarda manutenção das taxas. Nos dois casos, o que mais ficará no foco são os eventuais sinais sobre os próximos passos dos juros.
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Os índices futuros de ações de Nova York operam com viés negativo, após os recentes ganhos das bolsas americanas, com recorde ontem do S&P500. Os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) cedem, enquanto o DXY do dólar avança.
Na Europa, quase todas as bolsas recuam. Hoje, foram divulgados dados da inflação ao consumidor do Reino Unido, que vieram abaixo do esperado, e ao produtor da Alemanha.
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Já a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que é preciso avançar mais no processo de desinflação da zona do euro. E na China o BC manteve suas principais taxas de juros no nível atual, e as bolsas asiáticas subiram. Mas o que os mercados estão mesmo é no aguardo da decisão de juros pelo Fed, seguida da entrevista do presidente Jerome Powell.
A aposta majoritária é a taxa dos Fed Funds fique inalterada hoje pela quinta vez consecutiva e as atenções ficam nas novas projeções econômicas e estimativas de quantos cortes de juros poderão ocorrer este ano nos EUA.
No Brasil
A queda da maioria dos índices de ações do ocidente e do petróleo pode pesar no Ibovespa. Em contrapartida, um alívio pode vir do minério ferro. A commodity fechou com alta de 1,23% em Dalian, na China, no dia em que o país manteve as principais taxas de juros.
Porém, a volatilidade não pode ser descartada, dada a grande expectativa pelo comunicado do Fed após sua decisão sobre juros.
Nos juros futuros, a queda nos rendimentos dos Treasuries pode ser fonte de descompressão, embora também não se possa ignorar uma possível volatilidade antes da decisão do Copom no início da noite.
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A atenção maior ficará no comunicado do colegiado, que tem mantido a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões – no plural.
O dólar também pode ficar volátil, diante da indefinição externa, a despeito do alívio marginal na curva dos Treasuries.
Agenda
Às 8 horas, a FGV divulga a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). O Copom divulga a nova taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, no início da noite. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão).
No exterior, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) publica decisão e projeções econômicas (15h), com coletiva do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell (15h30).