A agenda econômica desta quarta-feira (10) traz a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho e o início da votação do projeto de regulamentação da reforma tributária pela Câmara.
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No exterior, as atenções se voltam para o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes, e das diretoras Michelle Bowman e Lisa Cook, além do presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee. Ainda nos Estados Unidos, tem a divulgação de estoques no atacado. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulga relatório mensal.
Confira os destaques corporativos do dia
Prio (PRIO3)
O Conselho de Administração da Prio aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) relativos ao primeiro semestre de 2024, no total bruto de R$ 244.356.152,92, a R$ 0,0004 por ação. O pagamento será feito até 25 de dezembro. A data da posição acionária para ter direito aos proventos, contudo, não foi informada.
Frigoríficos
A discussão sobre incluir ou não carnes na cesta básica isenta na regulamentação da reforma tributária se arrasta. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, o principal impasse é o tamanho do impacto da isenção das carnes na alíquota geral (percentual que define o valor a ser pago em tributos) do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Fontes alegam que a Receita não revelou aos parlamentares o valor da arrecadação com as proteínas animais.
Um estudo feito pelo setor produtivo e apresentado pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) revela que a arrecadação real do governo com a tributação das carnes pode aumentar R$ 17,49 bilhões por ano com a reforma tributária. O valor considera uma arrecadação adicional do governo sobre um mercado que movimenta R$ 199,23 bilhões por ano se for aplicada uma alíquota de 40% em relação à alíquota geral do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
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O estudo, obtido com exclusividade pelo Broadcast Agro, foi entregue pela FPA ao grupo de trabalho da Câmara dos Deputados que analisa o projeto principal da regulamentação da tributária.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras assinou com a Yara Brasil Fertilizantes um master agreement (contrato principal de serviços) como próximo passo nas negociações para estruturar potencial parceria de negócios no segmento de fertilizantes, produção de produtos industriais e descarbonização. Na próxima fase, Petrobras e Yara finalizarão a análise sobre as potenciais sinergias entre suas operações, com foco no aumento da eficiência no mercado local.
Vale (VALE3)
A Vale negou que haja definição pelo Conselho de Administração (CA) sobre a lista de candidatos para assumir o comando da empresa a partir de 2025 e reafirmou que as ações de competência do Conselho continuam em execução. A informação foi dada em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acerca de notícias que circularam na terça-feira. Veja detalhes nesta matéria.
A mineradora anunciou ainda que a Vale Overseas, subsidiária integral da empresa, apresentou o resultado das ofertas de aquisição de bonds (títulos de renda fixa negociado no exterior) com vencimento em 2036, 2039 e 2034.
Segundo a empresa, US$ 650,399 milhões de valor agregado de principal foram validamente ofertados, mas o valor aceito foi de R$ 617,714 milhões.
Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4)
A Gol reafirmou que o Grupo Abra, seu maior credor garantido, está em discussões com a Azul para explorar potenciais oportunidades relacionadas à companhia, mas que o processo competitivo ainda não foi iniciado e tampouco há negociação com a intenção de concluir uma transação. Saiba mais informações nesta matéria.
Em comunicado simultâneo, a Azul reiterou o mesmo discurso acrescentando que não há definição para acordo, a despeito das notícias que davam conta de que a empresa teria sinalizado a fundos de investimento que em até três meses apresentaria proposta à Corte de Nova York para junção de negócios com a Gol.
A Azul informou ainda que a BlackRock passou a deter 16.171.414 ações preferenciais e 274.481 American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas), representando 5,061% do total de ações de emissão da companhia, além de 952.875 instrumentos financeiros derivativos, ou 0,283% das ações PN da Azul. Veja detalhes aqui.
*Com informações do Broadcast
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