Os principais índices acionários da Europa mostraram sinais de recuperação na manhã desta terça-feira, embora ainda limitados pelos preços do petróleo em baixa, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a política de Covid zero na China. O dólar não mostrou um viés único nas negociações, subindo frente as moedas fortes, mas recuando em relação as divisas de países emergentes e ligadas a commodities – sugerindo a mesma tendência para o real hoje.
A sessão, todavia, tende a ser mais volátil, uma vez que seis dirigentes do Federal Reserve e a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, participam de eventos e podem mostrar opiniões dissidentes. Por aqui, em meio a provável melhora trazida do exterior, os investidores devem focar no conteúdo da ata do Copom, mostrando possíveis detalhes sobre os próximos passos do Banco Central na condução da sua política monetária, no dia em que indicadores de inflação já começam a mostrar alívio nos preços.
As bolsas de Nova York e o Ibovespa começam a tarde no vermelho (na faixa dos 102 mil pontos), em reação comentários de presidente do Federal Reserve em Cleveland entre outros dirigentes regionais do BC norte-americanos, resgatando a cautela nos mercados. O câmbio aproveitava o mercado externo , para realizar lucros.
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Já no Brasil, a ata do Copom repetiu em boa medida o comunicado da última reunião que subiu a Selic em 1 p.p., porém destacou a inflação pressionada, além de questões internacionais. O documento indicou uma nova alta da Selic, em menor magnitude, mas deixou de dar sinais sobre os passos futuros. Os agentes do mercado mantiveram a percepção de que o ciclo da taxa básica deve continuar e, mais que isso, que ela deve ficar alta por tempo prolongado.
Neste contexto, os juros futuros rondam a estabilidade, com viés de baixa, de olho no dólar, Treasuries e no petróleo, que recua 2%. As vendas do varejo brasileira, reportada hoje, ficaram em segundo plano.