As principais bolsas europeias operaram nesta quarta-feira em alta. Ontem, alguns dirigentes do Fed disseram que já seria hora de deixar a postura de máxima acomodação para trás, aumentando a tensão entre os investidores. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta selecionada de moedas, opera em baixa nesta manhã de quarta-feira, com destaque para a alta do euro, em reação às falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a primeira alta de juros da instituição vir “algum tempo” depois do fim dos Programas de Compra de Ativos, o que pode significar um período de apenas algumas semanas. Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo operam em alta de mais de 2%, devolvendo parte das fortes perdas que acumularam durante as duas últimas sessões. Internamente, o alívio da bandeira verde de energia elétrica e dissolução dos impactos do último reajuste de combustíveis devem conter o avanço da inflação, ajudando a reduzir a pressão sobre os juros futuros.
A inflação acima do esperado no Brasil e nos Estados Unidos alimentou nesta manhã juros mais altos tanto aqui quanto no exterior. O IPCA de abril subiu 1,06%, acima da mediana das estimativas, de 1%. O CPI mensal, por sua vez, veio em 0,3% (previsão de 0,2%). Os juros futuros indicam uma chance maior de o Banco Central optar por uma alta de 0,75 ponto porcentual da Selic em junho, embora a aposta majoritária ainda seja de 0,50 pp.. No geral, as expectativas atuais são de redução da taxa Selic menor em 2023. Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries de curto prazo avançam.
Nas bolsas, o tom é de recuperação, com os dados de inflação reportados. Em Nova York, a sustentação vem de ações do setor bancário. O Ibovespa negociava em alta, próximo aos 105 mil pontos às 13h30 horas. Preocupações com a política de covid zero na China e esperança de reabertura das atividades favorecem papéis de petrolíferas. O dólar, que até ganhou força na primeira reação ao dado americano, inverteu para queda. No mercado local, o apetite a risco no exterior ajuda a sustentar a realização de lucro moderada, pelo segundo dia consecutivo, e a moeda americana cai abaixo de R$ 5,10.
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