Nesta quarta-feira (14), as bolsas na Europa fecharam em sua maioria em baixa, refletindo o cenário de cautela por conta do avanço global da inflação e juros. Após o avanço inesperado da inflação medida pelo CPI nos Estados Unidos divulgado ontem, hoje foi divulgado o CPI do Reino Unido, que mostrou números fortes para o mês de agosto, embora tenha registrado desaceleração em relação ao resultado de julho e tenha ficado em linha com as expectativas.
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Nos EUA, hoje foi divulgado outro indicador de inflação, o PPI (índice de preços ao produtor). O PPI teve queda de 0,1% em agosto, resultado que ficou dentro das estimativas do mercado. O núcleo do índice, no entanto ficou em 0,4%, contra previsão de 0,3%. Com isso, o mercado mantém as apostas de elevação da taxa de juros na próxima reunião do Fed, entre 0,75 p.p. (apostas majoritárias) e 1 p.p.
Nesse cenário, após registrarem ontem, o pior pregão desde junho de 2020, as bolsas em Nova York tentam uma recuperação hoje, com os papéis de energia liderando o avanço, acompanhando movimento positivo dos preços do petróleo no mercado internacional, após a Agência Internacional de Energia (AIE) cortar sua projeção de demanda pela commodity este ano mas reiterar a de 2023.
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Aqui no Brasil, o Ibovespa oscila entre altas e baixas, acompanhando o cenário externo de instabilidade. Apesar do avanço das petroleiras, o índice acaba sendo pressionado pela queda dos papéis de mineradoras e siderúrgicas. Próximo à 13h35, o Ibovespa tinha queda de -0,1% aos 110.793. Enquanto isso, o dólar devolve a alta da véspera e opera em baixa de 0,09% cotado aos R$ 5,19. Em relação à agenda econômica, hoje foram divulgadas as vendas do comércio varejista que, caíram 0,8% em julho ante junho. O resultado contrariou a mediana das estimativas, que indicava alta de 0,2%.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,7% em julho ante junho, resultado que também contrariou a mediana de alta de 0,2% das previsões. Nem mesmo as medidas para impulsionar a demanda – como a liberação de recursos do FGTS e o corte de impostos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações – foram suficientes para sustentar o patamar anterior das vendas no varejo, em um momento em que as famílias estão mudando constantemente o consumo para serviços em vez de bens. Os dados reforçam a visão de que a taxa Selic provavelmente ficará estável em 13,75% na próxima reunião do Copom.
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