A quarta-feira começou com tom de cautela e prevaleceu o viés de baixa nas principais bolsas da Europa e dos índices acionários de Nova York. O dólar mostrava tendência de alta frente as principais divisas e os juros dos treasuries registravam alta, enquanto os investidores aguardam a decisão de política monetária do FED. O juro do T-bond de 30 anos atingiu o maior nível desde novembro de 2019. Não é esperada nenhuma mudança de juros nos EUA, mas os investidores ficam de olho no comunicado do BC americano, onde o presidente do FED, Jerome Powell, em entrevista coletiva, deverá repercutir à inflação do país, além das novas projeções econômicas.
No Brasil, os investidores seguem em compasso de espera pela depoimento do presidente do Fed, que impacta de forma mais relevante os juros futuros e o câmbio. As taxas de longo prazo acompanham a abertura da curva americana. Já o dólar, mostra valorização ante o real em meio à busca por proteção. A expectativa de alta da Selic também repercute no comportamento dos mercados, bem como a comunicação do Banco Central do Brasil sobre as variáveis na condução da política monetária, que deverá ser mais austera. A aposta majoritária é de elevação de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros, para 2,5%.
Com relação ao Ibovespa, próximo às 13:30 horas tinha alta de 1%, negociando próximo aos 115.100 pontos, descolando do tom negativo no exterior, ajudada pelo noticiário corporativo. A inclusão da Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND) e a aprovação, na Câmara, do Novo Marco do Gás agradaram aos investidores. As ações da Cosan, PetroRio e Cielo sobem, enquanto as ações do setor de saúde (Raia Drogasil, Hapvida e NotreDame Intermédica) tinham queda. Os problemas atuais do sistema de Saúde no País, com indicações de mais medidas de restrição para conter a covid-19, inibem exposições ao risco, e impactam as empresas do setor.
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