O pregão desta sexta-feira é novamente de aversão ao risco e queda para as principais bolsas mundiais. Os investidores seguem preocupados com a possível contaminação do setor financeiro global, após os problemas até então pontuais vistos ao longo desta semana, e nem o socorro prestado pelos bancos centrais é suficiente para tranquilizar o ambiente.
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Mais cedo, a controladora do Silicon Valley Bank, SVB Financial, entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, o que pressionou mercados acionários em Nova York e também na Europa, que mantém o foco no desenrolar da situação do banco Credit Suisse em meio especulações sobre a eventual venda ou outras alternativas para apoiá-lo. Dados divulgados pela Universidade de Michigan indicando queda nas expectativas de inflação trouxeram algum fôlego pontual, mas o tom negativo acaba prevalecendo por enquanto.
No câmbio, o dólar perdia força ante a cesta de moedas fortes, conforme recuo de 0,41% sinalizado pelo índice DXY, e nem o enfraquecimento da moeda americana era suficiente para conter uma nova sessão de queda para o petróleo Brent, de 2,33% para aproximadamente US$ 73,00 o barril.
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Por aqui, próximo às 13h30, o índice Ibovespa sem apoio de gatilhos domésticos, seguia a mesma direção do exterior e recuava 1,14% aos 102.258 pontos, caminhando para a quarta semana seguida de desvalorização. É válido dizer que a queda poderia ser maior, se não fosse a performance positiva das ações da VALE3 (com alta aproximada de 1,90%). Já o dólar apresentava valorização de 0,60% frente ao real, cotado a R$ 5,27, enquanto os juros futuros operavam em queda.
Além da aversão a risco externa, os investidores ficam atentos a eventuais novas informações sobre as regras fiscais, que podem ser apresentadas hoje. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá detalhar as propostas hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dará a palavra final sobre o projeto.