A quarta-feira foi de queda para as bolsas europeias dada a cautela dos investidores à espera pela divulgação da Ata da última reunião de política monetária do Fed, mas também em reflexo a segunda leitura do PIB do 2º trimestre na zona do euro, que veio abaixo do esperado, bem como a inflação ao consumidor do Reino Unido, no mês de julho, que atingiu o maior nível em 40 anos, aumentando as preocupações na região.
Nos EUA, a expectativa é de que o Fed dê novos sinais quanto a condução da política monetária, após os movimentos mais agressivos adotados nas reuniões anteriores. As projeções atuais apontam para um aumento de 0,5 p.p. na próxima reunião em setembro, e o documento que será divulgado às 15hs pode reforçar está visão. Neste contexto, as bolsas de NY também apresentavam desempenho negativo ao longo da manhã e no início da tarde.
No Brasil, apesar do viés negativo do exterior, no início da tarde o Ibovespa operava levemente no positivo, apoiado na alta das ações da Petrobras em dia de alta do petróleo e de uma demanda surpreendente para as ações, mesmo após as ações ficarem ex-dividendos na última semana. Na agenda econômica, pela manhã o IGP-10 mostrou deflação de 0,69% em agosto, levando o acumulado de 12 meses abaixo de dois dígitos pela primeira vez desde julho de 2020.
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Apesar da leitura positiva de uma inflação desacelerando, nomes como Via e Méliuz se destacavam entre as quedas, em um movimento de realização após as altas recentes. Assim, próximo às 13h55, o Ibovespa subia 0,10% cotado aos 113.625, enquanto no câmbio o dólar acompanhava o movimento de fortalecimento da moeda norte-americana frente a pares, voltando a negociar a R$ 5,17, com alta de 0,64%. No mercado de juros, a curva se ajustava para cima em todos os vértices, pressionado pelo comportamento das Treasuries e do petróleo.